A Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (18), abriu uma nova frente de desgaste para o governo federal ao expor a rede de relações políticas envolvendo diretores do Banco Master, instituição investigada pela emissão de títulos de crédito falsos.
As conexões atingem diretamente figuras do PT, integrantes do governo Lula e parlamentares do Congresso Nacional, segundo revelou a Folha de S. Paulo.

Relações com o governo Lula
De acordo com os investigadores, o Banco Master mantinha articulações com nomes ligados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os consultores da instituição aparecem:
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Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda;
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Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central;
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Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça, que prestou serviços ao banco até 2024.
Mantega, inclusive, teria intermediado um encontro entre Lula e Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master preso na segunda-feira (17), em São Paulo, quando tentava embarcar para Dubai.
Outro ponto sensível levantado pela PF envolve o ministro do STF Alexandre de Moraes: o escritório de advocacia da esposa e dos filhos do magistrado presta serviços ao banco.
Influência do PT da Bahia
Um dos sócios e CEO da instituição, Augusto Lima, casado com a ex-ministra Flávia Arruda, mantém forte interlocução política com o PT baiano. Ele é próximo de:
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Rui Costa, ministro da Casa Civil;
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Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia;
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Jaques Wagner, senador.
Atuação no Congresso Nacional
No Legislativo, dois nomes se destacam nas articulações com o Banco Master:
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Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, que mantinha relação direta com Daniel Vorcaro logo após ser apresentado a ele por Ciro Nogueira;
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Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil, apresentado à direção do Master por Flávia Arruda.
Riscos para o governo e clima de tensão em Brasília
A PF apura se o Banco Master utilizava essas conexões políticas para blindar ou facilitar operações ilegais contra o sistema financeiro. Dependendo do que for constatado no material apreendido, a investigação pode representar um novo foco de desgaste para o governo Lula.
Nos bastidores, a operação disparou um clima de tensão em Brasília. Com o feriado da Consciência Negra e a tradicional “semana morta” na capital, muitos políticos aproveitaram a oportunidade e deixaram a cidade.
Agora, resta saber se a PF e eventuais CPIs que vêm sendo ventiladas no Congresso irão realmente avançar nas apurações — ou se tudo será usado como instrumento de disputa política e eleitoral.
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