Com a saída de Sérgio Moro, a cúpula do governo Bolsonaro avalia a possibilidade de dividir o então super Ministério da Justiça e Segurança Pública. A recriação de uma pasta só para tratar da segurança já havia sido cogitado pelo presidente Jair Bolsonaro e um dos nomes mais cotados para comandar o novo ministério é do ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-GO). Bolsonaro e Fraga são amigos de longa data e ele seria considerado como indicação pessoal do presidente, o que daria ao ex-parlamentar uma certa liberdade para trabalhar.
Caso o governo recrie a pasta e Fraga seja o escolhido, ele terá que administrar a crise criada por Sérgio Moro na Polícia Federal que, provavelmente, ficará vinculada ao novo ministério. Em 2018, Alberto Fraga concorreu ao GDF e teve um desempenho fraco nas urnas, amargando o sexto lugar. Quando Bolsonaro venceu, o ex-parlamentar estava entre os cotados para ter um lugar ao sol na Esplanada, mas, como diz o próprio, uma ação na Justiça o impediria de assumir.
Hoje, a situação de Fraga é diferente. Ele foi absolvido no processo que respondia na Justiça acusado de ter recebido uma propina de R$ 350 mil na época em que era secretário de Transportes no Distrito Federal. Nos bastidores, o ex-parlamentar nunca escondeu o desejo de fazer parte do governo Bolsonaro. Pode ser que agora chegou a sua hora.
Neste sábado (25), o Estadão divulgou que interlocutores de Fraga disseram que ele está em sua fazenda no interior de Goiás e que só sairá de lá se for chamado pelo próprio Bolsonaro. Já o presidente, está se movimentando para cobrir o buraco em seu governo o mais rápido possível e deve chegar a uma decisão no decorrer do domingo.
Enquanto não sai o veredicto final, Fraga segue bem cotado e, com certeza, já está preparado para assumir o desafio, caso venha o convite. Já o governo, deve estar analisando o jogo para não mexer a pedra errada do tabuleiro.
Com informações da Agência Estadão Conteúdo