O ano de 2024 mal começou e o presidente Lula já está metendo os pés pelas mãos na relação com o Congresso Nacional. Parlamentares, em especial os líderes partidários e de bancada, estão insatisfeitos com as últimas decisões do governo petista. Lula vetou 35 pontos da LDO e encaminhou a Medida Provisória 1.202/23, que retoma a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia.
Os congressistas estão em recesso parlamentar, mas devido as ações do governo Lula, muitos deles estão se movimentando e já planejam dar uma resposta as posições do presidente.
Em entrevista para uma revista, o relator do orçamento, deputado Danilo Forte, do União-CE, manifestou que a LDO foi amplamente discutida com o governo e a decisão de vetar 35 pontos da Lei causou desconforto.
“O parlamento não vai se mutilar, vai fazer esse enfrentamento e consolidar seu espaço de poder”, declarou o deputado.
Um dos pontos que mais geraram revolta entre os congressistas foi o veto ao calendário de emendas parlamentares. Hoje não há data, apenas a obrigação do pagamento. Com a criação do calendário, o governo fica sem poder de negociação quando precisa aprovar projetos de seu interesse. O relator acusa o governo Lula de não cumprir com a palavra.
Já o envio da MP da reoneração foi recebida como uma afronta ao Congresso Nacional. Os parlamentares derrubaram o veto de Lula e ele resolveu encaminhar a MP no mesmo dia em que a lei que prorrogava a desoneração até 2027.
Pelo visto, em pleno ano eleitoral, Lula vai ter que muito trabalho. O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, do PSD-MG, disse que vai se reunir com líderes partidários na próxima terça (9) para decidir o que o parlamento vai fazer. Deputados do Centrão já avisaram que não vão aceitar e disseram que estão prontos para ‘bater de pau no governo Lula’.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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