Expressão Brasiliense De acordo com a Agência Estadão Conteúdo, o ex-juiz federal Sérgio Moro esteve em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos como Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, ambos do DEM, antes de anunciar a sua saída do governo Bolsonaro. A movimentação teve início ainda na quinta-feira (23) logo após Moro saber da intenção do presidente de exonerar Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal.
A matéria do veículo revela que no dia anterior a sua saída do governo, Sérgio Moro ficou sozinho em seu gabinete falando ao celular o tempo todo. Além dos ministros do STF e dos presidentes da Câmara e do Senado, de acordo com a agência, o então ministro da Justiça e Segurança Pública também conversou com colegas do primeiro escalão do governo que tentavam amenizar a situação a fim de que ele continuasse. Entre um telefonema e outro, Moro falou ainda com amigos e a mulher, Rosângela.
Ao longo da quinta-feira, o governo tentou por diversas vezes convencer Sérgio Moro a ficar no cargo. Jair Bolsonaro chegou a enviar a advogada Karina Kufa, que é próxima da família presidencial, com o recado de que o presidente estaria disposto a escolher um nome que fosse consenso na PF para substituir Valeixo, mas Moro sustentou sua posição e não aceitou.
Nos bastidores, a movimentação de Sérgio Moro em falar com políticos e ministros do STF foi uma forma dele já procurar apoio e preparar o terreno para sair fazendo acusações ao presidente, que agora, se tornou alvo de ação da Procuradoria-Geral da República. O ex-ministro terá que apresentar as provas dos fatos mencionados por ele durante a entrevista coletiva na sexta-feira (24).
O burburinho do momento em Brasília é sobre se realmente Sérgio Moro tem em suas mãos provas reais que possam comprometer o presidente Jair Bolsonaro. A expectativa é grande, pois a oposição agora deve fazer coro para que o ex-juiz prove o que disse. Se não tiver nada, Moro cairá em descrédito e o governo Bolsonaro segue adiante fortalecendo a imagem de que o presidente é incorruptível.
Da Redação do Expressão Brasiliense com informações da Agência Estadão Conteúdo.
