A exibição do documentário “8/1 – A democracia resiste” pela TV Globo, na noite de quarta (10), apontou que o grupo de comunicação da família Marinho não tem compromisso com a imparcialidade, um dos principais pilares do jornalismo, que eles tanto pregam e defendem em seus programas e editoriais. A Globo apresentou apenas a versão do presidente Lula e sua turma sobre os atos criminosos do dia 8 de janeiro.
Quem produziu o documentário deu ênfase à narrativa do petista e de seus ‘companheiros’ de que havia um plano para que Lula fosse deposto da presidência por meio de um golpe de estado. Se realmente era esse o objetivo, os bolsonaristas não só falharam como mostraram a falta de capacidade para continuar à frente do comando do País.
No documentário, Lula e alguns de seus auxiliares como o ainda ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, insistem em imputar a culpa de tudo que aconteceu ao governador do DF, Ibaneis Rocha.
Para tentar transparecer que o material exibido refletia o que realmente aconteceu naquele trágico domingo, os produtores do documentário, que são empregados da Globo, inseriram depoimentos dos chefes da segurança do Senado e da Câmara dos Deputados relatando como os vândalos chegaram até o Congresso e como eles agiram para impedir algo pior. Pelo Planalto, dois assessores do então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general Gonçalves Dias, exaltam a atuação medíocre do grupo responsável pela segurança do Palácio.
Na história brasileira, a Globo, não é segredo para ninguém, apoiou o golpe militar de 64 e sempre buscou manter relações próximas aos governantes para exercer seu poder de influência utilizando seus instrumentos de comunicação.
O documentário exibido parece até que foi uma encomenda feita pela esquerda para preparar o terreno para as eleições municipais. O 8 de janeiro está sendo utilizado como instrumento político para desgastar a imagem de adversários e resgatar a dos esquerdistas.
Curiosamente, o filme da Globo não tem entrevistas com políticos da direita. Apenas a esquerda teve voz. Ou seja, cadê o outro lado? Não tem. Só o que o Lula e a ‘companheirada’ disseram que é a verdade.
Os produtores do documentário esqueceram de perguntar para o presidente e para a sua turma sobre a falta de ação do governo federal, já que eles sabiam do que estava para acontecer por meio das informações da inteligência das instituições de segurança, e nada fizeram, apenas resolveram jogar a culpa no governador do DF e na cúpula da Polícia Militar do DF e ponto final.
A Globo aproveitou os atos criminosos do 8 de janeiro para apoiar a narrativa do golpe e está faturando alto em cima do povo brasileiro, assim como fez com a ditadura militar. A velha imprensa tenta se manter viva às custas das práticas do passado, se unindo com quem está no poder.
Há um provérbio chinês que diz que toda história tem três versões: a sua, a minha e a verdadeira. Por ora, Lula e o seu pessoal contaram a deles. Falta Bolsonaro e sua turma apresentar a deles para que o povo brasileiro possa assimilar o que os dois lados relataram e tirar às suas próprias conclusões.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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