Com previsão para ser oficialmente criada nesta terça-feira (13), a CPI da Covid no Senado pode sofrer uma ofensiva da base governista com obstruções regimentais, assinaturas em uma CPI alternativa e pressão para que não sejam indicados membros por parte dos partidos.
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O processo começa com a leitura do requerimento pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), mas deve sofrer pressão de líderes do governo e de bancadas aliadas.
De acordo com a Folha de S. Paulo, uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) tenta construir maioria para o plenário decidir que a comissão só precisa ser instalada com o fim da pandemia. No entanto, a ideia enfrenta resistência na corte e não há um consenso sobre o tema.
O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) teme que as investigações sobre a condução do combate à pandemia desgaste ainda mais o presidente, podendo levá-lo a uma queda de popularidade ou até mesmo que ele seja investigado por crimes. Aliados de Bolsonaro montaram uma força-tarefa para minar a CPI, apresentando uma série de questionamentos durante a sessão marcada para as 16h, a fim de evitar que Pacheco leia o requerimento da criação da comissão.
Se a leitura puder ser feita, a estratégia é tumultuar os trabalhos para que os líderes dos partidos não consigam indicar os membros para a CPI.
Matéria com informações adaptadas da Istoé e Folha de S. Paulo
Foto: Reprodução Google Imagens