• 8 de janeiro de 2025

BRICS FORTALECIDO | Brasil anuncia a adesão da Indonésia ao bloco

A Indonésia é o décimo país aceito no bloco, cuja adesão é disputada por nações como Turquia, Azerbaijão e Malásia.A Indonésia se tornou o décimo membro pleno do Brics, grupo que reúne economias emergentes, nesta segunda-feira (06/01). O anúncio foi feito pelo governo brasileiro, que é um dos membros fundadores do bloco e detentor da presidência rotativa para 2025.

“O governo brasileiro acolhe a entrada da Indonésia no Brics”, disse o ministério das Relações Exteriores em comunicado. “Detentora da maior população e da maior economia do Sudeste Asiático, a Indonésia partilha com os demais membros do grupo o apoio à reforma das instituições de governança global e contribui positivamente para o aprofundamento da cooperação do Sul Global”, completou.

A candidatura da Indonésia recebeu o endosso dos membros plenos do Brics em agosto de 2023, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil. No entanto, a nação, quarta mais populosa do mundo, optou por adiar sua adesão formal ao bloco até a formação de seu novo governo eleito.

Vaga disputada

O Brics recebeu o nome de seus membros fundadores em 2009: Brasil, Rússia, Índia e China, além da África do Sul, que se juntou no ano seguinte. Em 2024, a aliança se expandiu para incluir Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. O bloco foi concebido como um contraponto ao G7, grupo das economias desenvolvidas composto pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.

Antes da adesão da Indonésia, o Brics representava 46% da população mundial e 35% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Arábia Saudita foi convidada a ingressar, mas ainda não concluiu a adesão, enquanto Turquia, Azerbaijão e Malásia apresentaram candidaturas formais para se tornarem membros.

Na cúpula de 2023, a Argentina também foi convidada a participar, porém o novo governo de Javier Milei declinou da oferta.

Na mais recente cúpula do bloco, que aconteceu em Kazan, na Rússia, em outubro de 2024, os Estados membros discutiram o fortalecimento das moedas locais e o aumento das transações em moeda diferente do dólar, atraindo críticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que ameaçou os países do BRICS com “tarifas de 100%”.

Na ocasião, 13 países foram convidados a aderirem sob uma nova categoria, a de Estados parceiros. A Venezuela pressionou por um espaço na lista, mas teve sua indicação vetada pelo Itamaraty.

A próxima cúpula do Brics no Rio de Janeiro, em julho deste ano.

Com informações da Deustche Welle

Foto: Reprodução/Google Imagens

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