Os primeiros atos do 1º de Maio, Dia do Trabalho, reuniram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, e manifestações em redes sociais de políticos contrários à gestão do governo federal frente à pandemia do novo coronavírus.
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Na Avenida Paulista, em São Paulo, apoiadores do presidente se aglomeraram nesta manhã para o ato ‘Supremo é o povo’, com críticas ao STF, ao governador João Doria (PSDB) e ao fechamento do comércio e outros setores durante as fases mais restritivas da pandemia. Muitos manifestantes estavam sem máscara e o distanciamento social não foi respeitado.
Em Brasília, centenas de manifestantes bolsonaristas se reuniram no gramado em frente ao Congresso Nacional com faixas pedindo intervenção militar.
O público presente grita “Bolsonaro, eu autorizo”, em referência a uma fala do presidente do dia 14 de abril, em que disse que esperava “um sinal do povo” para agir.
Entre os grupos de extrema direita, a fala do presidente foi interpretada como um pedido de autorização para endurecer a relação com os demais Poderes.
Em vídeo publicado hoje pelo canal “Cafezinho com Pimenta” no Youtube, os manifestantes na Esplanada carregam faixas com as frases: “Intervenção militar com Bolsonaro no poder” e “Presidente Bolsonaro acione as Forças Armadas (FFAA)”.
No Rio, a manifestação de apoiadores do governo federal interrompeu na manhã o trânsito na orla de Copacabana, zona sul da cidade.
Simpatizantes do presidente se aglomeraram na Avenida Atlântica, à beira da praia, uma das principais vias do bairro, carregando bandeiras do Brasil e faixas de protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Os manifestantes executaram o hino nacional e gritavam palavras em apoio a Bolsonaro.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Avenida Atlântica foi interditada nos dois sentidos na altura da Rua Figueiredo de Magalhães, no posto 5. O protesto provocou congestionamento no bairro.
Mais cedo, o presidente Bolsonaro aproveitou o tradicional discurso de abertura da feira ExpoZebu 2021 para criticar de forma velada partidos de esquerda e centrais sindicais.
“Em anos anteriores, no dia 1º de maio, o que mais víamos no Brasil eram camisas e bandeiras vermelhas, como se fôssemos um país socialista. Hoje temos prazer e satisfação de vermos bandeiras verde e amarelas, com homens e mulheres que trabalham de verdade e sabem que o bem maior que podemos ter na nossa pátria é a liberdade”, afirmou.
(Agência Estadão Conteúdo)
Foto: Divulgação/Ag. Estadão Conteúdo