O ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), foi preso na manhã desta quinta-feira (23), durante operação conjunta do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e Polícia Civil do DF (PCDF) que investiga suposto pagamento de propina na contratação de leitos para a rede pública de saúde do Distrito Federal.
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços da capital. Na casa do ex-governador, a polícia apreendeu uma arma que estaria sem registro. Por conta disso, Agnelo foi conduzido para a delegacia.
Em um endereço ligado à Adriana Aparecida Zanini, vice-presidente do Instituto Brasília Para o Bem-Estar do Servidor Público (IBESP), os policiais civis encontraram uma mala de dinheiro com notas de real e dólar.
As investigações dizem respeito a uma compra de leitos hospitalares feita pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) durante a gestão de Agnelo Queiroz. De acordo com o MPDFT, Agnelo e o ex-secretário de saúde do DF, Rafael Barbosa – nos cargos públicos entre 2010 e 2014 – receberam indevidamente R$ 462 mil, valor que corresponde a 10% dos R$ 4,6 milhões referentes ao contrato.
A vantagem indevida teria sido paga por meio de um contrato fictício de publicidade e marketing firmado entre a empresa que pretendia vender seus produtos à Secretaria de Saúde do DF e o Instituto Brasília Para o Bem-Estar do Servidor – IBESP.
Em razão desse pagamento, a empresa foi contratada pela Secretaria de Saúde no ano de 2014. O esquema ilícito já havia sido desmantelado pelo GAECO, que ofereceu denúncia contra servidores públicos e o proprietário da referida empresa. Os novos fatos foram revelados em colaboração premiada e após a realização de investigações e diligências independentes, além de provas obtidas do processo original.
Com informações do G1 e MPDFT