O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação para apurar o suposto uso de recursos públicos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) pelo seu presidente, Ricardo Cappelli, que é pré-candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF), para fins de promoção pessoal. O TCU é o órgão responsável pela fiscalização de programas, projetos e órgãos da administração pública federal direta e indireta.
As investigações tiveram origem por meio de uma representação protocolada pelo deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP), que solicitou ao tribunal a verificação de possível desvio da finalidade institucional da ABDI para projetar a imagem política de Cappelli no Distrito Federal.
Indícios confirmados pela área técnica do TCU
De acordo com parecer preliminar da área técnica do tribunal, há indícios de que o pré-candidato ao Palácio do Buriti, aliado político do ex-governador Rodrigo Rollemberg, apontado como o pior gestor da história do DF, teria feito uso indevido de recursos públicos para se beneficiar politicamente.
O documento, elaborado pela 4ª Diretoria do TCU, destaca possíveis irregularidades na execução do contrato nº 25/2022. Segundo os técnicos, a gestão de Ricardo Cappelli teria solicitado um aditivo contratual sem apresentar justificativas técnicas adequadas. Paralelamente, também foram confirmados registros de impulsionamento de conteúdos de natureza política por servidores da ABDI.
Conteúdo político e promoção pessoal
Os auditores do TCU ressaltam que as provas apresentadas pelo deputado distrital caracterizam materiais de cunho pessoal e político. Segundo o parecer, o conteúdo produzido e divulgado pela ABDI se mostra “predominantemente político, opinativo e voltado à imagem pessoal do dirigente, sem relação direta com a comunicação institucional da agência”.
Para a área técnica do TCU, caso as irregularidades sejam confirmadas ao longo da instrução processual, os fatos configuram violação aos princípios da administração pública, além de possível malversação de recursos públicos, nos termos dos artigos 70 e 71 da Constituição Federal. Há ainda a possibilidade de enquadramento como atos de improbidade administrativa, o que tornaria Cappelli inelegível pelos próximos oito anos.
Processo segue para relatoria
O parecer técnico já foi encaminhado ao gabinete do relator do processo, ministro Bruno Dantas. Caberá a ele solicitar manifestação formal da ABDI e, posteriormente, decidir sobre os próximos encaminhamentos da investigação.
Se ficar comprovado que Ricardo Cappelli utilizou a estrutura da ABDI para autopromoção política e pessoal, ele poderá ser responsabilizado por improbidade administrativa, o que pode inclusive inviabilizar sua participação nas eleições de 2026.
Nos bastidores da política local, a intensa exposição de Cappelli em redes sociais e veículos de comunicação já despertava desconfiança sobre a origem dos recursos utilizados.
Os recursos sob suspeita são provenientes de impostos pagos pelos contribuintes e deveriam ser destinados ao desenvolvimento industrial do país e não à promoção de projetos políticos pessoais. A crítica ganha ainda mais peso diante da percepção de parte do eleitorado brasiliense, que demonstra rejeição a candidaturas de forasteiros ou desconectadas da realidade local.
Resta saber se o caso será tratado com rigor pelo TCU ou se haverá condescendência política. O discurso de paladino da moralidade, frequentemente adotado por Cappelli, contrasta com o histórico de questionamentos que acompanham sua trajetória política, inclusive fora do Distrito Federal.
As pesquisas sinalizam que o eleitor do DF, ao que tudo indica, não está disposto a “pagar para ver”. O povo do Maranhão sabe muito bem o que é sofre nas mãos de Ricardo Cappelli. Não foi à toa que o estado está no topo do ranking da extrema pobreza no Brasil.
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