A disseminação de desinformação em redes sociais é um assunto sério, e cada plataforma vem adotando suas próprias medidas para controlar esse fenômeno da melhor forma possível. O Twitter, por exemplo, resolveu fechar o cerco contra quem espalha mentiras a respeito da COVID-19, banindo permanentemente quem o fizer cinco vezes. O Facebook não ficou para trás e anunciou, ontem (22), através de uma publicação em seu blog oficial, os resultados de seus próprios esforços para frear as fake news.
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De acordo com Guy Rosen, vice-presidente de integridade da companhia, foram banidas mais de 1,3 bilhão de contas falsas só no último trimestre do ano passado. “Adotamos uma postura rígida contra essa atividade e bloqueamos milhões de contas falsas todos os dias, a maioria delas no momento da criação. Entre outubro e dezembro de 2020, desativamos mais de 1,3 bilhão delas.Também investigamos e removemos operações de influência estrangeira e doméstica que dependem de contas falsas”, explica.
“Nos últimos três anos, removemos mais de 100 redes de comportamento inautêntico coordenado (coordinated inauthentic behavior ou CIB) de nossa plataforma e mantemos o público informado sobre nossos esforços por meio de nossos relatórios mensais do CIB”, afirma o executivo. Tais redes costumam ser criadas por países estrangeiros para influenciar visões políticas e culturais no intuito de beneficiar determinado partido, ideologia ou doutrina, mas também pode ter origens “caseiras” — ou seja, nacionais.
“Sabemos que, quando uma tela de aviso é colocada em uma postagem, 95% das vezes as pessoas não clicam para visualizá-la. Também notificamos a pessoa que postou e reduzimos a distribuição de páginas, grupos e domínios que compartilham informações incorretas repetidamente”, conclui Rosen. Para ajudar a identificar uma desinformação, a rede social conta com uma rede de colaboradores formada por mais de 80 profissionais independentes em 60 idiomas distintos.
Por fim, a companhia também ressaltou outras iniciativas contra as fake news, incluindo sua Central de Informações sobre a Ciência do Clima (recém-lançada no Brasil) e o Centro de Informações sobre a COVID-19. “Apesar de todos esses esforços, há quem acredite que temos interesse financeiro em fechar os olhos à desinformação. Na verdade, é o oposto. Temos toda a motivação para manter a desinformação longe de nossos aplicativos e tomamos muitas medidas para fazer isso às custas do crescimento e envolvimento do usuário”, finaliza Rosen.
(CanalTech)
Foto: Reprodução Google Imagens