A Netflix divulgou hoje, 16, seus resultados financeiros do terceiro trimestre, nos quais registrou aumento de 31% nas receitas, que somaram US$ 5,2 bilhões. O lucro líquido da companhia atingiu US$ 665 milhões, 65% maior que um ano antes.
A base de assinantes também cresceu. Chegou a 158,33 milhões. Foram adicionados 6,7 milhões de usuários no período, um pouco abaixo da previsão da empresas, emitida no segundo trimestre, de 7 milhões de adições. A empresa segue queimando caixa, tendo registrado fluxo negativo de US$ 551 milhões.
Para o último trimestre do ano a companhia prevê receitas de US$ 5,4 bilhões, lucro líquido de US$ 232 milhões. Também espera chegar à marca de 165,93 milhões de assinantes, adicionando 7,6 milhões. Para o período estão previstas estreias, como o novo filme de Martin Scorsese (O Irlandês, com Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci), Marriage Story (com Scarlett Johansson) e The Two Popes (com Anthony Hopkins), que podem ser indicados ao Oscar uma vez que a empresa os passou nos cinemas.
A OTT afirma no balanço que não depende de um ou outro título. Elenca uma série de sucesso (Sintonia foi a segunda série mais assistida no Brasil no terceiro trimestre) para mostrar que tem mais que um punhado de conteúdos atrativos. Lembra que para este ano vai gastar US$ 10 bilhões em produção e lançamento de novas séries e filmes, além de US$ 15 bilhões no licenciamento de conteúdo de terceiros.
Em carta aos acionistas, o CEO da companhia, Reed Hastings, diz ainda que os temores de perda de clientes para entrantes no mercado do vídeo sob demanda são infundados. Segundo ele, nos Estados Unidos, o streaming representa apenas 10% das horas de programação assistida pelos espectadores. “Os novos competidores têm ótimos títulos de catálogo, mas nenhum tem a variedade, diversidade e qualidade da programação original que estamos produzindo em todo o mundo”, alega.
Ele admite, no entanto, que pode haver dificuldades no curto prazo para a Netflix em função da entrada dos novos competidores, como Disney+, Apple TV+, HBO Max e Peacock no mercado. “Tentamos colocar isso no guidance do quarto trimestre. No longo prazo, porém, vamos continuar a crescer bem graças a nossas fortalezas e à oportunidade que é a amplitude do mercado”. A seu ver, o streaming não está competindo, por enquanto, com serviços afins, mas com a TV linear. E dela que pretende tirar seus novos clientes.
Por fim, Hastings informa que a partir de 2020 a empresa passará a divulgar o número de usuário por região do mundo, e não mais por Estados Unidos e resto do mundo, como faz hoje. As regiões serão Asia Pacífico (APAC); Europa, Oriente Médio e África (EMEA); América Latina (LATAM); EUA e Canadá (UCAN).
(Tele.Síntese)