O Uber vai engrossar a lista de competidores no mercado de patinetes elétricos compartilhados no Brasil com o lançamento do seu serviço na terça-feira (3).
A primeira cidade a receber os aparelhos é Santos, no litoral de São Paulo. A empresa aguarda autorização da prefeitura de São Paulo para atuar também na capital paulista.
O serviço é integrado ao aplicativo por onde as pessoas requisitam os carros.
As viagens de patinete vão custar R$ 1,50 para o desbloqueio do veículo, mais R$ 0,75 por minuto de uso. A rival Grin cobra R$ 3 pelo desbloqueio e R$ 0,50 por minuto.
“Estamos prontos para iniciar a operação na capital, apenas aguardando uma resposta ao pedido de credenciamento, que ainda não foi apreciado”, disse Ruddy Wang, diretor de Novas Modalidades da Uber no Brasil.
Os patinetes chegam às ruas com a marca do próprio Uber. Ao contrário do que se esperava, a companhia não trouxe ao Brasil a marca Jump, startup americana de bicicletas e patinetes elétricos comprada no começo do ano passado. Mas a logomarca do Uber está aplicada sobre um fundo vermelho, que é a cor da Jump.
Hoje, o mercado é disputado pela Grow, dona da Grin e da Yellow, a Lime — que recebeu investimento do Uber no exterior — e a Scoo.
A Uber também anunciou uma parceria com uma loja para oferecer desconto de 40% na compra de capacetes.O item de segurança foi o centro de uma disputa entre a Prefeitura de São Paulo e a Grow.
Em uma prévia de regulação do serviço de patinetes, publicada no começo do ano, a Prefeitura instituiu a obrigatoriedade do uso. A Grow contestou o decreto na Justiça, alegando que o município lançou mão de uma competência federal, e conseguiu uma liminar que suspendeu seu efeito.
Nas regras definitivas, publicadas em agosto, não há menção ao uso do capacete. Segundo o jornal Valor Econômico, a prefeitura de São Paulo defende a obrigatoriedade e diz vai tentar uma nova ação na Justiça para que possa ter autonomia para exigir o uso.
Como o Código de Trânsito Brasileiro não contempla especificamente os patinetes, as prefeituras podem fazer regras próprias. Assim, nem todas as cidades exigem o equipamento.
(G1)