A Organização Mundial da Saúde (OMS) deveria ser reformada rapidamente, receber mais poderes para lidar com pandemias e expor as limitações de seus países-membros em emergências de saúde, disseram autoridades da União Europeia nesta sexta-feira (30).
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Os comentários foram feitos em uma videoconferência de ministros da Saúde da UE, que endossaram um documento do bloco sobre a reforma da agência das Nações Unidas que delineia pela primeira vez uma série de mudanças abrangentes e necessárias para fortalecer os poderes e recursos da OMS, tal como noticiado pela Reuters com exclusividade em setembro.
A ação vem na esteira de críticas de que a China e outros países não compartilharam informações sobre a pandemia da covid-19 de maneira oportuna em seu início.
“A pandemia atual nos desafia muito agudamente… mas é muito importante que o debate sobre a reforma (da OMS) seja realizado em paralelo”, disse o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, em uma coletiva de imprensa.
Ele não disse quando o processo de reforma deveria começar, mas enfatizou que, em resultado desta, a OMS deveria ser mais rápida em sua reação a crises de saúde e seus membros deveriam compartilhar mais informações em emergências.
Autoridades da OMS não responderam de imediato a um e-mail pedindo comentários.
“É extremamente importante irmos adiante com esta reforma”, disse a comissária de Saúde da UE, Stella Kyriakides, na mesma coletiva de imprensa.
Depois de meses de pressão internacional, uma comissão independente foi montada em setembro para analisar a abordagem global da pandemia. O processo de reforma da OMS começaria depois disso, disseram autoridades.
O esboço do documento da UE, que representará a posição do bloco em uma assembleia da OMS em meados de novembro, exorta a agência a tornar público mais rapidamente como e se seus países-membros cumprem suas obrigações sobre o compartilhamento de informações em crises de saúde.
“Transparência a respeito de quem cumpre as regras é fundamental”, disse Kyriakides aos ministros na videoconferência, de acordo com as notas de seu discurso.
O esboço também diz que os membros da OMS deveriam permitir avaliações epidemiológicas independentes em zonas de alto risco durante crises de saúde.
(Agência Brasil)
Foto: Reprodução/Reuters