A conclusão foi obtida após a identificação de três novos casos de infecção pelo vírus em pessoas que não viajaram ou tiveram contato com viajantes, sendo duas mulheres e um homem, com faixa etária de 30 a 49 anos.
O sequenciamento genômico foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF). De um total de 22 amostras sequenciadas, nove tiveram resultado positivo para a variante ômicron, incluindo os três casos de transmissão local. As outras 13 amostras foram positivas para a variante Delta.
O DF já tem 91,69% da população acima de 12 anos com o esquema iniciado ou com dose única, e 82,63% desse público está com o esquema completo
Dos novos casos sequenciados, todos são residentes do DF, estão com sintomas leves e possuem, pelo menos, duas doses de vacina. Com isso, o Distrito Federal passa a ter 26 casos da ômicron.
“É uma situação em que a prevalência ainda é do variante delta. A vigilância genômica faz parte da rotina. Hoje, o objetivo é testar as pessoas para que elas não saiam de casa contaminando familiares e amigos. Ainda é preciso reforçar as medidas de etiqueta respiratória, continuar utilizando máscara, álcool gel, evitar aglomerações. Essas medidas também valem para prevenir o contágio da Influenza A, que tem tido aumento de casos”, explica Priscilleyne Reis, chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF).
De acordo com o secretário adjunto de Assistência, Fernando Erick Damasceno, a alta transmissibilidade é uma característica da variante ômicron, que geralmente causa maior incômodo na garganta de quem está contaminado. Por isso, o foco atualmente é aumentar a testagem para eliminar o risco de pessoas infectadas nas ruas, circulando com o vírus.
“Como ampliamos o número de testagem, até porque aumentou o número de pessoas com sintomas gripais, houve aumento do número de detecção de pessoas com a covid-19. É esperado um aumento do número de casos em janeiro devido às festividades, mas a expectativa é que esse número não venha acompanhado de internações e óbitos por consequência da vacina”, esclarece.
“Acreditamos que logo estaremos ultrapassando os 90% de cobertura da população elegível com as duas doses e garantindo a segurança vacinal destas pessoas. Não há falta de vacina no Distrito Federal. As pessoas precisam se sensibilizar da necessidade de se vacinar. Hoje, a cobertura de 100% da vacina depende da população”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde
Vacinação
Desde o início da campanha de vacinação contra a covid-19, já foram aplicadas 4.826.186 vacinas, sendo: 2.305.855 como D1; 2.072.173 como segunda dose; 58.390 dose única (Janssen); 379.658 dose de reforço e 10.110 como dose adicional para os imunossuprimidos.
O DF já tem 91,69% da população acima de 12 anos com o esquema iniciado ou com dose única, e 82,63% desse público já está com o esquema completo. Lembrando que o DF tem hoje três vacinas disponíveis para quem quer iniciar o esquema: Pfizer-BioNTech, Astrazeneca e CoronaVac. A vacina Janssen, por enquanto, só está disponível como dose de reforço para quem recebeu esse mesmo imunizante.
“Os números mostram o êxito na aplicação da vacina. O DF apresenta uma das melhores coberturas vacinais do Brasil e isso é graças a muito esforço de todos os profissionais que estão na ponta, os vacinadores, toda a Atenção Primária e gestão da Pasta. Mas queremos mais, queremos chegar aos 100% de cobertura, com todo mundo vacinado”, destaca o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache.
O chefe da pasta faz um apelo para que a população procure os postos de vacinação contra covid e se vacinem, pois há imunizantes disponíveis para toda a população.
Da quinta-feira passada (23), até ontem (29), foram aplicadas 86.809 vacinas, sendo: 2.924 como D1; 18.770 como D2; 65.054 doses de reforço e 50 doses adicionais para os imunossuprimidos.
Vale destacar que o DF tem hoje 214.168 pessoas acima de 12 anos sem o registro de início do ciclo vacinal contra a covid-19. São 41.352 mil adolescentes de 12 a 17 anos e 172.816 adultos acima de 18 anos.
“Acreditamos que logo estaremos ultrapassando os 90% de cobertura da população elegível com as duas doses e garantindo a segurança vacinal destas pessoas. Não há falta de vacina no Distrito Federal. As pessoas precisam se sensibilizar da necessidade de se vacinar. Hoje, a cobertura de 100% da vacina depende da população”, afirma Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde.
Acerca da vacinação em crianças, ele informou que as definições das estratégias aplicadas no DF dependerão da nota técnica com orientações do Ministério da Saúde, que ainda não foi elaborada.
Cirurgias
Mesmo com o cenário de pandemia de covid-19 e muitos leitos mobilizados para o atendimento exclusivo de pacientes contaminados pelo vírus, foram realizadas um total de 54.846 cirurgias hospitalares na rede pública de saúde, sendo 7.783 eletivas e 47.063 de urgência/emergência.
(Agência Brasília)
Foto: Breno Esaki/Ag. Saúde-DF