• 29 de março de 2024

SUICÍDIOS | Secretaria de Saúde do DF emite nota pública sobre divulgação de casos de suicídios nas redes sociais

A era digital trouxe com ela um grande fluxo de informações sendo propagadas quase que em tempo real. Entretanto, em alguns caso tais notícias ou opiniões difundidas de forma equivocada e incorretas podem acarretar em mais problemas. Com o intuito de conter a circulação de informações divulgadas nas redes sociais sobre os casos de suicídios, a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) e a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS) emitiram uma nota pública em conjunto, neste domingo (22).

A nota reforça que abordagens propagadas de forma errada podem aumentar o efeito do contágio e levar outras pessoas a tentar se matar. O documento traz informações sobre locais e contatos para tentar ajudar quem precisa. Confira a nota da SES/DF e ABEPS:

Prevenção e posvenção do suicídio

A Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal (SES/DF), em conjunto com a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS), vêm se manifestar publicamente a respeito da divulgação de casos de suicídio por meio de redes sociais e aplicativos. Algumas formas de abordar o tema tendem a aumentar o risco de efeito contágio. Para reduzir tal efeito, seguem algumas orientações:

  1. Não divulgue informações que não foram confirmadas por fontes oficiais;
  2. Não encaminhe fotos, vídeos, informações sobre métodos usados ou cartas de despedida. Sempre que possível, peça a quem enviou esse material para não mais fazê-lo;
  3. Pessoas em risco de suicídio no momento e pessoas próximas a quem faleceu podem ler seu texto e se sentir fortemente impactadas; seja cuidadoso(a), e esteja preparado(a) para diversos tipos de reações;
  4. Procure por uma fonte de informação técnica adequada e siga as orientações das cartilhas e manuais existentes sobre o comportamento suicida, para abordá-lo de forma apropriada. Há documentos específicos voltados aos profissionais da mídia e influenciadores digitais, por exemplo;
  5. Trate o assunto com seriedade e seja respeitoso(a) com os familiares e amigos. Evite frases do senso comum que reforcem o estigma e o preconceito a respeito do comportamento suicida;
  6. Não julgue o comportamento, não faça parecer heroico, nem a única saída para alguma situação;
  7. O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, não há explicações simplistas ou causas únicas; não atribua a morte a algo específico;
  8. Transtornos mentais são fatores de risco para o suicídio, e devem ser diagnosticados e tratados por profissionais especializados. Mas não são o único fator associado ao comportamento suicida;
  9. Se estiver passando por uma crise, ou conheça alguém em risco, busque ajuda. Chame amigos ou familiares e procure profissionais de saúde mental.
  10.  Alguns locais onde buscar ajuda: serviços de saúde mental da rede SES/DF no sitewww.saude.df.gov.br/saude-mental ou o Núcleo de Saúde Mental do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU – 192). Também há o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo telefone 188 ou site www.cvv.org.br. Sempre divulgue onde pessoas em crise podem buscar ajuda;
  11. Os familiares e pessoas próximas podem precisar de cuidados específicos. Existem grupos de apoio aos enlutados por suicídio no DF. Como exemplos, há o Grupo de Apoio aos Sobreviventes de Suicídio (GASS), no sitehttps://www.cvv.org.br/blog/tags/gass-cvv/, e o Apoio a Perdas Irreparáveis (API), disponível no https://redeapi.org.br/unidades/.
  12. Para mais informações, acessewww.saude.df.gov.br/saude-mental e www.abeps.org.br, ou envie e-mails para [email protected]

Com informações da Agência Saúde/DF

Expressão Brasiliense

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