Tristeza constante, desmotivação, cansaço extremo e falta de vontade de levantar da cama. Estes e outros sentimentos negativos fazem parte da vida, mas quando passam a interferir na rotina acende um alerta. Diferente das flutuações de humor habituais e das respostas emocionais de curta duração, a depressão provoca quadros clínicos acentuados e impacta de maneira significativa a qualidade de vida, prejudicando o trabalho, os relacionamentos, os estudos e até mesmo pequenas ações como tomar banho.
“Os transtornos que afetam a saúde mental podem se apresentar em diversas nuances. Saber a hora de pedir ajuda em caso de sofrimento mental é um passo importante para encontrar alívio”, aponta a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernanda Falcomer.
Aproximadamente 280 milhões de pessoas no mundo têm depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 3,8% da população do planeta seja afetada, incluindo 5% de adultos e 5,7% de indivíduos com mais de 60 anos.
No Distrito Federal, as unidades públicas de saúde registraram, apenas de janeiro a julho deste ano, 234,8 mil procedimentos de atenção psicossocial classificados como ambulatoriais, assistência individual, oficinas terapêuticas e acolhimento de pacientes. O número de consultas com psiquiatras na rede da SES-DF, no mesmo período, chegou a mais de 11 mil; com psicólogos, foram 13,5 mil atendimentos.
Onde buscar ajuda?
“A Atenção Primária à Saúde (APS) no DF se destaca por ter uma excelente capilaridade em todo o território”, ressalta Falcomer. Nesse nível de cuidado, médicos e enfermeiros de família e comunidade estão preparados para atender demandas como ansiedade e depressão. Há ainda as equipes multidisciplinares (eMulti), formadas por profissionais de áreas como psicologia, terapia ocupacional, nutrição e serviço social, por exemplo.
Para os casos que possam exigir acompanhamento especializado, a APS também faz o encaminhamento para as 14 policlínicas e aos 18 centros de Atenção Psicossocial (Caps). Nesse rol entram ainda os centros especializados no tratamento do vício em álcool e outras drogas (Caps-AD) e aqueles voltados ao público infantil (Capsi), além do Adolescentro e do Centro de Orientação Médico-Psicopedagógico (Compp).
(Agência Brasília)
Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
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