O combate à Covid-19 no Distrito Federal deve ganhar um grande reforço a partir deste sábado (01/08). O hospital de Campanha da Polícia Militar começa a receber pacientes acometidos da doença em 84 leitos de UTI, garantindo tratamento para os infectados com o coronavírus.
Em despacho singular publicado na noite desta última quinta (30), o conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal e Territórios (TCDF) Inácio Magalhães Filho revogou a medida cautelar que proibia a Secretaria de Saúde (SES) de fazer pagamentos à Associação Saúde em Movimento (ASM), empresa que irá gerir o Hospital de Campanha da Polícia Militar do DF (PMDF).
Com a decisão, a SES poderá repassar valores à ASM, que iniciará a gestão da unidade de saúde. Montado no Centro Médico da Polícia Militar, no Setor Policial Sul, o hospital de campanha conta com 104 leitos – 84 de unidade de terapia intensiva (UTI) e 20 de enfermaria – , que serão adicionados ao sistema de saúde público do DF e poderão ser utilizados para o tratamento de pacientes com a Covid-19.
“Temos trabalhado muito desde o início da pandemia para reforçar a rede pública de saúde do Distrito Federal. Contratamos médicos e outros profissionais de saúde e investimos na criação de leitos de UTI para atender aos pacientes mais graves. A abertura do hospital da PM é muito importante para manter equilibrada a oferta de leitos de UTI”, disse o governador Ibaneis Rocha.
Da mesma forma como acontece no Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha, todos os equipamentos instalados nesta unidade serão posteriormente incorporados ao patrimônio da Secretaria e servirão para reequipar e renovar o parque tecnológico dos hospitais da rede.
“É um legado importante para a saúde pública do DF. Todo esse equipamento vai continuar nos hospitais quando tudo isso passar. Essa é a maior operação que estamos fazendo nesta crise porque o Hospital da PM será a unidade com maior número de leitos para o combate à Covid-19”, explica o secretário de saúde, Francisco Araújo.
A empresa contratada vai empregar 600 profissionais, necessários para atender todos os 104 leitos disponibilizados no hospital. A quantidade inclui desde equipes operacionais a médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Todos os funcionários vão trabalhar em regime de escalas.
Além dos 104 leitos, a estrutura do hospital conta com 80 monitores, 50 ventiladores mecânicos e 160 bombas de infusão, além de equipamentos de proteção individual (EPIs), insumos e um aparelho de raio-x totalmente digital, mais ágil na entrega de resultados do que o aparelho convencional.
Também estão incluídos no contrato gerenciamento técnico, assistência médica multiprofissional – de forma ininterrupta –, com manutenção e insumos necessários para o funcionamento dos equipamentos e atendimento de pacientes, com medicamentos, materiais, alimentação, nutrição enteral e parenteral.
(Agência Brasília)