• 22 de novembro de 2024

PLANO DISTRITAL DE VACINAÇÃO | GDF vai vacinar 600 mil pessoas na 1ª etapa

Aproximadamente 600 mil moradores do Distrito Federal devem ser vacinados contra a covid-19 a partir do primeiro trimestre de 2021. Eles fazem parte dos grupos prioritários e serão divididos em quatro fases, de acordo com o Plano Distrital de Vacinação contra a Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (18) pela Secretaria de Saúde em entrevista coletiva no Palácio do Buriti.

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O plano traçado pela secretaria dividiu o DF em sete grandes regiões: Sul, Centro-Sul, Central, Sudoeste, Oeste, Norte e Leste. A vacinação será feita por 1,5 mil funcionários em
 169 salas espalhadas por essas regiões, de acordo com a densidade demográfica. Todas as salas contarão com câmaras frias capazes de sustentar a temperatura exigida pelo laboratório fabricante das vacinas. No caso da Pfizer, que exige armazenamento em uma temperatura de -75ºC, o GDF aguarda resultado de um processo de compra unificada em andamento no Ministério da Saúde para a compra do equipamento refrigerado.

O Ministério da Saúde anunciou, recentemente, que pretende comprar 330 milhões de doses de vacinas. Entre as que devem ser disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) estão: Astrazeneca, Coronavac, Pfizer e Covax Facility (consórcio mundial para aquisição de vacinas de outros laboratórios). Todas elas são aplicadas em duas doses.

Quem tomar a primeira dose de uma vacina não poderá tomar a segunda dose de outra fabricante. Para organizar essa dinâmica, o acompanhamento será feito via sistema eletrônico, por número de CPF, além da anotação no cartão de vacinação.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, adiantou que o DF não fará compra direta de vacinas. De acordo com ele, a decisão de aderir ao plano nacional por meio do PNI gera economicidade aos cofres públicos.

“Estivemos reunidos com representantes de laboratórios e percebemos uma variação de 4 a 37 dólares pela dose da vacina”, informou. “Quando se compra em grande quantidade, como é o caso do PNI, obtém-se uma economia importante”, explicou.

Grupos prioritários para a vacina no DF

Na primeira fase da vacinação, serão atendidos os idosos acima de 75 anos de idade e os trabalhadores da saúde. Na segunda, o foco serão as pessoas entre 60 e 74 anos. Depois, na terceira, pessoas com comorbidades, como diabetes, obesidade, hipertensão e tuberculose, entre outras, serão vacinadas. A quarta fase contemplará professores e trabalhadores das forças de segurança e salvamento.

Questionada sobre o prazo de vacinação para esse público, a chefe do Núcleo de Redes de Frio, Tereza Luíza Pereira, afirmou que tudo vai depender do número de doses disponibilizadas. “Estaremos preparados para vacinar, mas tudo isso vai depender da quantidade que teremos em estoque”, garantiu. “Neste ano, para se ter ideia, vacinamos 200 mil pessoas em dois dias na campanha contra a gripe. Ou seja, temos uma grande capacidade logística”, comparou.

A prioridade neste momento, de acordo com o Plano Distrital de Vacinação, é diminuir a taxa de letalidade do vírus. Por isso, a campanha será focada no público que, hoje, sofre as maiores baixas por conta da pandemia do coronavírus.

Insumos e materiais

Uma preocupação recorrente divulgada por parte da imprensa é a possibilidade da falta de insumos para a aplicação das vacinas. A expectativa é que o DF precise de aproximadamente 7, 8 milhões de seringas e agulhas para vacinar toda a população, estimada em 3.055.149 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Hoje, em estoque, a Secretaria de Saúde conta com cerca de 2 milhões de seringas e agulhas. Está em processo de compra mais 1 milhão. Além disso, foi aberto um processo para aquisição de outras 4,8 milhões. “É um desafio enorme colocar em prática toda essa logística”, ponderou o secretário adjunto de Assistência em Saúde, Petrus Sanchez. “Mas estamos preparados e vamos conseguir”.

Trabalhadores da saúde

Hoje, o DF conta com 101.996 trabalhadores de saúde. Mesmo que parte das 169 salas de vacinação esteja dentro de unidades básicas de saúde (UBS) e em hospitais públicos e privados, em caso de impossibilidade de o profissional se dirigir a uma delas, não está descartada a visita de equipes aos locais de trabalho.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero, acredita que não apenas os trabalhadores da saúde terão pressa em se vacinar. Para ele, existe uma expectativa grande em toda população. “O que estamos fazendo é nos preparar para a demanda”, disse. “Temos a certeza de que todos esperam pela vacina e vão buscá-la assim que estiver disponível”, finalizou.

> Acesse aqui o Plano Distrital deVacinação contra a Covid-19.

(Agência Saúde DF)

Foto: Divulgação/Ascom-Iges-DF

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