Teve início, nesta segunda-feira (9), o treinamento da primeira turma de agentes comunitários de saúde (ACSs) e de Vigilância Ambiental (AVAs) para reforçar as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti no Distrito Federal. A abertura do curso foi realizada no auditório da Imprensa Nacional, com atividades programadas até sexta-feira (13), para que os profissionais possam começar os trabalhos de campo na próxima semana.
“Eles estão recebendo todas as instruções necessárias e formação para trabalharem no combate ao Aedes aegypti. É importante que possamos mostrar todas as estratégias contra o vetor da dengue, bem como toda a logística, para que eles possam se dirigir aos locais com maior número de mosquitos adultos e eliminar a transmissão da doença”, afirmou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, presente na cerimônia de abertura.
Divididos em duas turmas, eles vão ter aulas expositivas durante toda a semana, de 8h30 às 17h30. Um grupo vai acompanhar as aulas entre segunda e quarta pela manhã, enquanto o outro inicia na quarta a tarde e encerra na quinta e sexta pela manhã. Os cursos durarão até que os 600 profissionais estejam capacitados.
Uma delas é a agente comunitária de saúde Débora Rodrigues. Para ela, ajudar a população nesse momento é essencial para evitar que o mosquito se prolifere no DF. “Muitas pessoas não tem a informação necessária. Com as visitas, podemos conversar diretamente, tirar dúvidas. Ajudando a população, acabamos ajudando a nós mesmos”, comentou.
Temas
Os participantes terão aulas sobre conceitos e materiais para atuação em campo, técnicas de visita e inspeção domiciliar, biologia e comportamento do Aedes aegypti, Saúde da Família, introdução ao Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros temas.
“O que a Secretaria de Saúde espera de vocês? Que cheguem nas casas, usem a técnica de abordagem, conversem com os moradores e tentem identificar no ambiente em que estão se há depósitos com água parada e presença do vetor. A principal missão é orientar, corrigir e evitar que as casas se tornem berçários de mosquito, ou que tenham condições para tal”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
Os agentes de saúde irão percorrer as 33 regiões administrativas do Distrito Federal. Eles reforçam o trabalho de fiscalização e orientação da comunidade do DF no combate ao mosquito transmissor da dengue. “Queremos ser o mais didático possível. Precisamos transformar cada cidadão em um agente de saúde da sua residência”, ressaltou o subsecretário.
A previsão inicial é que serão 50 profissionais para atuar no Gama; 50 em Santa Maria; 100 em Brazlândia; 100 na Fercal; 100 em Planaltina; 100 em São Sebastião; 50 na Vila Planalto e 50 no Guará II, totalizando os 600 agentes.
Emergência
Em 24 de janeiro, o Governo do Distrito Federal declarou situação de emergência na saúde pública, pelo prazo de 180 dias, em razão do risco de epidemia por doenças transmitidas pelo mosquito do Aedes Aegypti (dengue, zika e chikungunya).
A situação de emergência veio por meio de decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha e prevê a adoção de medidas administrativas para conter a possível epidemia. O decreto tem como objetivo agilizar a aquisição de insumos e produtos e também de serviços e pessoal, respeitando a legislação vigente.
O combate à dengue é prioridade para o Executivo local. O trabalho integrado envolve diferentes programas secretarias e órgãos e contam com salas de triagem; tendas de hidratação; vistoria com drones; mutirões com apoio do Corpo de Bombeiros; ações do DER/DF; atuação do GDF Presente na remoção de entulhos e limpeza; sistema de alerta da Defesa Civil; remoção de carcaças nas ruas; apoio de líderes religiosos, da Polícia Militar do DF, entre outros.