Ela é uma das 49 mulheres que até a próxima sexta-feira (22) vão passar por cirurgias de reconstrução mamária realizadas no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
O procedimento consiste em utilizar próteses e tecidos das costas e do abdômen para reconstruir as mamas retiradas por conta do câncer. Mais que estética, a cirurgia mexe com a autoestima e mesmo com a identidade das mulheres.
Autoestima
Com um sorriso no rosto e uma inegável vaidade com os novos cabelos, Maronice Gentil, de 49 anos, lembra que o pior momento do tratamento contra o câncer de mama foi quando se viu sem sobrancelhas e cílios. “Eu me abati, me senti doente”, conta. A decisão médica pela retirada da mama direita, há um ano, foi encarada com tranquilidade.
Em um tema que envolve emoções, o acolhimento é a palavra-chave. E, pelo sexto ano seguido, o mutirão de cirurgias de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga se caracteriza por criar um ambiente especial para elas. Onde havia paredes brancas há agora uma decoração em homenagem a elas. Os tradicionais roupões azuis foram substituídos por modelos na cor rosa.
Parcerias
O voluntariado também ocorre entre os servidores. É o caso de Marta Gina. Lotada na Unidade Básica de Saúde 2 de Taguatinga, ela esteve na linha de frente da vacinação contra a Covid-19. Agora, com dias de folga, decidiu dedicar o tempo ao mutirão do HRT. Ela ajuda na decoração, serve café, distribui lanche e, se preciso for, diz estar pronta para contribuir nas cirurgias.
“Eu gosto muito do meu trabalho. É muito bom ver a paciente sair bem daqui”, revela. Outra voluntária é a Maria Dulce. Técnica de enfermagem, ela se aposentou da Secretaria de Saúde em julho, após 31 anos de serviço. Mas se apresentou para ajudar no mutirão. “Eu faço com muito amor, com muito carinho”.
(Agência Saúde-DF)