No Reino Unido, cientistas da Universidade de Edimburgo e do Imperial College London usaram uma ferramenta de edição genética para modificar o DNA de galinhas e torná-las resistentes ao vírus da gripe aviária. Após as alterações no código genético, a maioria estava imune a infecção que pode ser devastadora para a granja e para os negócios.
Publicado na revista científica Nature Communications, o estudo afirma que as galinhas que foram geneticamente modificadas não tiveram alterações de comportamento, além de manterem bons indicadores de saúde. Isso abre caminhos para o potencial uso dessa estratégia em granjas comerciais no futuro.
Desafio da gripe aviária
Hoje, “a gripe aviária é uma grande ameaça para as populações de aves”, afirma Mike McGrew, pesquisador da Universidade de Edimburgo e principal autor do estudo, em nota.
Para proteger os animais, uma das possíveis estratégias é o uso de vacinas. No entanto, o especialista explica que “a vacinação implica numa série de desafios, com questões práticas e de custos significativos associadas à distribuição do imunizante”. Só para dimensionar a questão, apenas no Brasil, foram contabilizadas a existência de 259 milhões de galinhas no ano passado. Por isso, estratégias mais simples precisam ser desenvolvidas.
Próximo desafio contra a gripe aviária
Embora os primeiros resultados tenham sido positivos, os pesquisadores entendem que é preciso aumentar o nível de imunidade nesses animais. Por isso, a nova proposta é editar fragmentos do DNA responsáveis pela produção de três proteínas: ANP32A, ANP32B e ANP32E.
Nos testes em laboratórios (in vitro), o crescimento do vírus foi bloqueado com sucesso nas células com as três edições genéticas. Agora, o próximo passo é editar as galinhas e observar como essas novas modificações alteram o nível de proteção contra a gripe aviária.
(CanalTech)
Foto: Reprodução/Google Imagens
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