Embora tenha iniciado o período de estiagem no Distrito Federal, os cuidados com o mosquito da dengue seguem independentemente das condições climáticas. Mesmo com a redução nos casos da doença nos últimos meses, o Governo do Distrito Federal (GDF) continua com as estratégias preventivas em todas as regiões administrativas.
Nesta segunda-feira (1º), as equipes da Secretaria de Saúde bateram de porta em porta no Setor Oeste da Estrutural para fazer um trabalho que requer atenção o ano inteiro: o combate à dengue. Cerca de seis agentes de vigilância ambiental percorreram as residências da Quadra 6 para inspeção e conscientização sobre o mosquito Aedes aegypti.
“As visitas que fazemos não ocorrem somente em momentos de epidemia. No decorrer de todo o ano a gente realiza as inspeções para combater os focos do mosquito, além de orientar a população. O trabalho continua em todos os meses do ano”, defendeu o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos.
A catadora Maria Aparecida Jesus, 42, foi uma das primeiras a abrir a porta para os agentes nesta segunda-feira. “É muito importante que eles façam essas visitas para prevenir. Aqui em casa eu nunca tive nenhum caso porque eu tomo todos os cuidados, mas é bom que eles venham para conferir se está tudo certo”, disse.
Além das visitas nas residências e comércios, os agentes fortalecem as estratégias de monitoramento nessa época do ano. Por meio de armadilhas, chamadas de ovitrampas, é possível identificar quais locais estão com maior ocorrência do Aedes para que outras iniciativas possam ser traçadas.
“Temos, atualmente, 1.900 armadilhas e, até o final do ano, a expectativa é de instalar mais 6 mil ovitrampas em pontos estratégicos do DF. Além disso, o trabalho de mobilização também continua no período de seca. As equipes percorrem escolas, setores internos e externos da SES e administrações regionais”, acrescentou o subsecretário Fabiano dos Anjos.
De acordo com o agente de vigilância ambiental, José Aparecido Miranda Oliveira, o trabalho de conscientização é reforçado no período de estiagem: “A vigilância é contínua. Por mais que na residência a gente não encontre nenhum foco, nós orientamos e reforçamos a importância de se manter sempre alerta, porque é possível ter dengue também na seca”, revelou.
Consciente da importância do trabalho dos agentes, a catadora Valdete de Jesus, 47, fez questão de recebê-los em sua residência: “Eu sempre abro as portas porque é bom que eles venham para dar uma olhada. A dengue é uma doença muito ruim, então eu faço de tudo para que não tenha focos aqui em casa”, completou.
(Agência Brasília)
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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