A Justiça do DF deve determinar nos próximos dias o corte no ponto dos médicos da rede pública que estão em greve há mais de 11 dias. Desde que os profissionais resolveram cruzar os braços no dia 3 de setembro, a população que necessita ser assistida pelas unidades de saúde vem sofrendo com a falta de atendimento.
Incitados pelo sindicato que representa a categoria, o SindMédico-DF, os profissionais têm descumprido a ordem judicial emitida pelo desembargador Fernando Habibe, do Tribunal de Justiça do DF e Territórios, que proíbe o movimento grevista e estipulou multa diária de R$ 200 mil. Até o momento, os médicos já terão que desembolsar mais de R$ 2 milhões para pagar à Justiça.
Diante da resistência dos médicos, o Judiciário deve tomar uma medida mais dura que atinge diretamente os profissionais da categoria e determinar o corte do ponto dos médicos grevistas. Devido ao movimento paredista, nem mesmo o atendimento nos prontos-socorros e emergências das unidades da rede pública de saúde vem sendo realizado conforme estabelece a Lei 7.783/89 (Lei das Greves) que estipula que, durante uma greve, os serviços essenciais, devem ser garantidas as necessidades inadiáveis da comunidade.
Em nenhum momento, ninguém falou que a reivindicação da categoria não seja justa, afinal de contas trata-se de servidores públicos que se dedicam a socorrer milhares de pacientes que carecem dos serviços de saúde da rede pública e merecem ser valorizados. No entanto, a atitude de deixar o povo desassistido é uma covardia tremenda.
Ao longo dos últimos anos, o GDF tem negociado reajuste salarial com diversas categorias e com os médicos não está sendo diferente. Porém, o atual governo não é daqueles que assume um compromisso que não vai conseguir cumprir lá na frente como ocorreu no passado com as gestões anteriores, que firmavam acordos apenas para que os servidores voltasse a trabalhar e depois fingiam que nada havia sido acertado.
Nos bastidores, essa falta de vontade em querer negociar por parte da entidade que representa a classe médica vem sendo muito criticada por demonstrar que se trata de uma greve não só motivada por questões salariais, mas também por interesses políticos de quem está incitando os profissionais a deixar de atender a população.
Infelizmente, enquanto os médicos servem de massa de manobra para atender interesses políticos escusos, o povo definha nas portas dos hospitais e demais unidades da rede pública de saúde do DF. Vale ressaltar que os profissionais da classe médica têm os melhores salários do País.
Quem sabe quando o Judiciário determinar o corte no ponto dos grevistas, eles percebam que estão sendo usados para defender interesses pessoais de uma minoria e não de toda uma classe.
Enquanto isso, milhares de pacientes, em especial crianças e idosos, estão tendo o seu direito à saúde negligenciado.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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