• 21 de novembro de 2024

ARTIGO | Efeitos colaterais da pandemia no mundo dos negócios

Por Ariadna Neves*

O isolamento social impactou significativamente o empresariado brasileiro, principalmente os donos de pequenos negócios. Diversos setores considerados não essenciais estão de portas fechadas sofrendo com os danos da redução do faturamento. No entanto, muitos empresários, para não decretarem falência, têm acelerado sua transformação digital, passando a vender pela internet e tendo as redes sociais como principal aliada em sua estratégia de divulgação.

Além de serem gratuitas e de aproximar a marca com o público, os canais sociais trazem funções que auxiliam as vendas. Estas funções é que estão proporcionando uma espécie de fôlego para quem precisou fechar as portas. Várias empresas, grandes e pequenas, têm intensificado a frequência de postagens, divulgado com mais intensidade e aproveitado as funções status, stories e ao vivo. Como exemplo, umas das maiores empresas de comércio varejista brasileiro, proprietária de duas grandes marcas, atenta ao perfil do seu consumidor, conseguiu fazer com que 20% das vendas no mês de abril fossem geradas por meio do Whatsapp. A empresa buscou entender o público e, de forma simples, foi capaz de enfrentar a crise com inovação.

De fato, o momento pede mudança e uma nova visão para os negócios. As redes sociais estão estimulando o conhecimento e a capacidade do empresariado em inovar e, se bem exploradas, trazem oportunidades e geram ânimo ao mercado.  Além do mais, o Brasil é o país que mais realiza compras pelos canais sociais de acordo com uma pesquisa realizada pela mCommerce – em 2019, 43% dos consumidores brasileiros compraram via rede social, enquanto a média global foi de 30%. Outro levantamento recente, dessa vez realizado pelo Centro Regional de Estudos para a Sociedade da Informação, mostra que 78% das empresas pesquisadas já estão na web, no entanto, pouco mais da metade (57%) realizam vendas online.

Os números apenas demonstram o potencial das oportunidades de mercado e que empresas que ainda não utilizam plataformas sociais em suas estratégias, estão desperdiçando chances reais de gerar fidelidade e, claro, de fechar novos negócios.

* Ariadna Neves é professora no MBA em Gestão de Marketing do IBMEC Brasília. É mestranda em Governança, Tecnologia e Inovação, atua no mercado de Comunicação Digital há 10 anos.

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