• 21 de novembro de 2024

A saúde pública é de todos nós!

Por Francisco Araujo

O trabalho de reestruturação da saúde pública do Distrito Federal não é e não pode ser um movimento apenas do governo. Tem que ser um movimento com a participação de toda a sociedade.

Temos que somar esforços, contribuir com o que for possível para mudar, de maneira sustentável e definitiva, essa realidade perversa, que enxergava pessoas como números e não como seres humanos. A verdadeira transformação que estamos construindo na saúde passa por uma mudança cultural, onde a humanização é o foco principal.

Todos, mesmo os que têm planos privados de saúde, precisam da saúde pública em algum momento da vida. É no pronto socorro público que vítimas de acidentes graves nas estradas, em casa ou em qualquer situação são atendidas.

Quando você precisa de um tratamento de alto custo é a saúde pública que viabiliza, seja para você, um cidadão comum, ou para um alto empresário. A saúde pública não distingue ninguém. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é um grande exemplo, atende a todos, conduz para os hospitais e não pergunta quem é você. É assim que tem que ser e é para ser assim em todo o sistema.

Estamos trabalhando todos os dias à frente dos dois órgãos gestores da saúde do DF: A Secretária de Saúde (SES) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A SES e o Iges-DF se complementam e atuam em sintonia para superar gargalos e cumprir suas atribuições. A reestruturação é um trabalho continuo e que começa a dar frutos a médio e a longo prazo.

Ao entrar no quinto mês de governo, já contabilizamos avanços significativos, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. A SES está reestruturando a atenção primária, colocando para funcionar as Unidades Básicas de Saúde (UBS). São as UBSs e suas equipes de saúde da família que atuam na prevenção e no atendimento da maioria dos casos que superlotam as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os pronto socorros dos hospitais. A SES também está regularizando o abastecimento de insumos e medicamentos e fazendo reformas pontuais nos hospitais.

As UBSs são a porta de entrada das pessoas no serviço de saúde. E essa porta tem que estar sempre aberta para acolher todos que precisam de saúde pública. Uma vez atendida na UBS a pessoa, se necessário, será encaminhada para exames ou unidades referenciadas no seu território.

Já o Iges-DF está ampliando seu modelo de gestão que, além do Hospital de Base, agora vai gerir as seis UPAs existentes no DF e mais o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).

Nos próximos dias, a expansão desse modelo estará consolidada com a conclusão do processo de contratualização e, portanto, com todas as responsabilidades legais sobre patrimônio e recursos humanos devidamente concluídas. Além de reformar e equipar as UPAs, o Iges-DF vai contratar médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde para suprir a carência hoje existente. Esse mesmo movimento será feito com o HRSM.

Não se constrói igreja pela cruz, nem se vence uma partida de futebol sem que todos os elementos que compõem o time joguem com o mesmo objetivo.

Por tudo isso, sindicatos, associações, voluntários, trabalhadores da saúde, empresários, políticos, gestores e toda a comunidade, precisam jogar o mesmo jogo, juntos, e vencer todos os obstáculos que ainda restam para alcançarmos uma saúde pública de qualidade para todos.

Reestruturar a saúde é uma tarefa de todos. E quem trabalha unido, vence unido.

O trabalho é conjunto e a vitória pertence a toda sociedade.

Afinal de contas, a saúde pública é de todos nós!

Francisco Araujo é diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF)

Foto: Google Imagens

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