O indicativo de greve aprovado em assembleia virtual realizada pelo Sindicato dos Professores do DF (Sinpro) na última sexta-feira (30) está sendo questionado pela maioria dos professores. Muitos docentes acusam o sindicato de agir politicamente para que as aulas presenciais não voltem a partir do próximo dia 5.
A volta às aulas presenciais nas escolas públicas contou com todo um planejamento por parte do GDF e as tratativas para esse retorno é de conhecimento tanto do Sinpro, como de órgãos fiscalizadores.
Ou seja, por que só agora às vésperas da volta dos estudantes para a sala de aula que o sindicato se movimentou? Por que não questionaram antes quando as medidas e procedimentos estavam sendo delineados?
As perguntas acima tem uma única e simples resposta: politicagem. Os professores estão sendo usados como massa de manobra pelos dirigentes do sindicato com o objetivo de gerar transtorno aos pais, alunos e demais profissionais de ensino.
A meta é fazer com que a comunidade escolar e a população brasiliense acreditem que o GDF não teve competência para organizar a volta às aulas presenciais.
Se o movimento grevista realmente fosse uma vontade da categoria, não haveria professores criticando as ações de seu próprio sindicato, pois nenhum empregado ou servidor público é contrário àquilo que tem direito.
A “ação politiqueira” do Sinpro-DF e de uma minoria de professores, que não passam de pelegos e interesseiros, visa construir um cenário mais favorável para “os companheiros” mais próximos e filiados a partidos políticos que irão concorrer a cargo eletivo em 2022.
Como pode uma categoria de pessoas estudadas e esclarecidas se deixar enganar por dirigentes que estão pensando no próprio umbigo e não querem ajudar a sua cidade, seu estado e até mesmo o seu País.
Esses jovens que estão sendo prejudicados hoje, serão os mesmos que irão sustentar o nosso Brasil do ponto de vista econômico, social, cultural e político. Que belo exemplo esses professores estão dando para os seus alunos. Eles se esqueceram que “um filho teu não foge à luta” como cita o Hino Nacional.
Está na hora dos estudantes voltarem para às salas de aula e não incentivar uma greve que compromete o futuro educacional dessas crianças e adolescentes, que muito precisam do conhecimento para alcançar o seu lugar ao sol. Eles se esqueceram o que Paulo Freire preconizava: a escola é um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Em síntese, escola não é local para fazer politicagem.
Da Redação
Foto: Divulgação/Ag. Brasil