O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu neste domingo (14) ao Conselho de Segurança que imponha “todas as sanções possíveis” ao Irã, após seu ataque sem precedentes com drones e mísseis lançado contra o território israelense.
“O Conselho precisa agir”, afirmou Erdan em uma reunião de emergência do Conselho, exigindo que “todas as sanções possíveis sejam impostas ao Irã antes que seja tarde demais”.
Já o Irã disse na reunião da ONU ter agido defesa própria e que não tinha outra opção, afirmou neste domingo (14) seu embaixador na ONU, Amir Saeid Iravani.
“O Conselho de Segurança falhou em seu dever de manter a paz e a segurança internacionais”, ao não condenar o ataque de 1º de abril contra o consulado iraniano em Damasco, então o “Irã não teve escolha a não ser exercer seu direito à autodefesa”, disse o diplomata, esclarecendo que Teerã não deseja uma escalada, mas responderá a “qualquer ameaça ou agressão”.
‘É hora de máxima moderação’, diz chefe da ONU
O gabinete de guerra do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é a favor de uma retaliação contra o Irã por seu ataque em massa com drones e mísseis, mas está dividido quanto ao momento e à escala de qualquer resposta desse tipo, disseram autoridades israelenses neste domingo.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu “máxima moderação” durante a reunião, clamando que o Oriente Médio e mundo não podem “se permitir mais guerras”.
“O Oriente Médio está à beira do abismo. Os povos da região enfrentam um perigo real de conflito generalizado e devastador. Este é um momento para a desescalada e a distensão. É hora de mostrar a máxima moderação”, insistiu.
Segundo o exército israelense, o Irã enviou “um enxame de 300 drones assassinos, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro” durante a noite de sábado para domingo, um ataque que os israelenses afirmam ter frustrado em grande parte.
Desde a revolução iraniana de 1979, Israel tem sido o inimigo jurado da República Islâmica. Mas Teerã se abstinha de atacar frontalmente Israel e os dois países estavam acostumados a embates por meio de terceiros, como o Hezbollah libanês.
A ofensiva iraniana, chamada de “Promessa Honesta”, é uma resposta ao ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco e custou a vida de sete membros do Exército de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC). O Irã acusou Israel, que não confirmou nem negou.
Esse ataque ocorreu mais de seis meses após o começo da ofensiva liderada por Israel na Faixa de Gaza contra o grupo palestino Hamas, apoiado pelo Irã, que aumentou ainda mais as tensões entre os dois países inimigos.
(Istoé)
Foto: Reprodução/Google Imagens
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