Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, o Vaticano iniciará os trâmites para escolher o novo líder da Igreja Católica, em um conclave com 135 cardeais com direito a voto.
Enquanto isso, a Igreja terá uma espécie de governo temporário e todas as decisões urgentes serão de responsabilidade do Colégio dos Cardeais.
Há tempos circulam nomes de possíveis futuros papas, entre eles o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, o arcebispo de Bolonha, Matteo Zuppi, e o patriarca de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, todos eles italianos.
A lista de cotados ainda inclui o húngaro Péter Erdo, o francês Jean-Marc Aveline, o holandês Willem Eijk, o filipino Luis Tagle (representando a Igreja asiática) e o congolês Fridolin Ambongo Besungu (como possível candidato africano).
Além deles, outros cardeais que aparecem como favoritos são: o maltês Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos; espanhol Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona; o norte-americano Joseph Tobin, arcebispo de Newark; o ganês Peter Kodwo Appiah Turkson, funcionário do Vaticano; o português José Tolentino de Mendoça; e Jean-Claude Hollerich, jesuíta e arcebispo de Luxemburgo, o relator geral do Sínodo Mundial e membro do Conselho de Cardeais.
Confira os principais:
Parolin: é o principal diplomata da Santa Sé e é frequentemente apontado como o favorito para suceder Francisco. Considerado um “símbolo de continuidade” e dotado de grande experiência diplomática, foi ordenado bispo por Bento XVI e nomeado Secretário de Estado pelo argentino em 2013. No ano seguinte, integrou o seleto “Conselho de Cardeais” que auxilia o Papa na reforma da Igreja.
Zuppi: arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), o religioso é considerado aquele que tem “tudo o que é preciso” para ser eleito Papa. Em nome de Jorge Bergoglio, ele liderou uma missão de paz na esperança de pôr fim à invasão russa na Ucrânia.
Pizzaballa: o patriarca latino de Jerusalém acumula a experiência de atuar em uma região marcada por tensões e conflitos. Ele é apreciado por seu papel como mediador e por seu forte comprometimento com o diálogo inter-religioso.
Erdo: com postura conservadora e formação acadêmica sólida, o húngaro é o arcebispo de Esztergom-Budapeste e foi o cardeal mais jovem da Europa, após receber o título com 50 anos, em 2003. Ele é muito ativo na chamada nova evangelização, que luta contra a secularização em defesa do diálogo inter-religioso.
Aveline: O arcebispo de Marselha, na França, é citado por alguns especialistas como o “favorito” de Francisco a sucedê-lo, sendo considerado o mais “bergogliano” dos bispos do país. Nomeado cardeal pelo Pontífice em 2022, ele é conhecido por sua dedicação a questões de imigração e diálogo inter-religioso.
Tagle: ex-arcebispo de Manila e atualmente prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é conhecido por seu carisma e sua profunda conexão com o povo. Ele representa uma Igreja global e socialmente engajada, tanto que recebeu o apelido de “Francisco Asiático”. Embora seja considerado um candidato progressista, ele mantém posições conservadoras em questões como aborto e homossexualidade.
Steiner: anunciado pelo Papa como cardeal da Igreja Católica em maio de 2022, o religioso brasileiro tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira.
Tobin: nomeado pelo papa Bento XVI arcebispo de Indianápolis, Indiana, o religioso foi promovido por Francisco a cardeal em 2016 e, posteriormente, arcebispo de Newark. Caso seja escolhido, poderia se tornar o primeiro Papa dos EUA.
Turkson: de origens humildes, o cardeal alcançou grandes feitos na Igreja, o que o tornou um candidato a se tornar o primeiro papa da África Subsaariana.
Com informações da Ansa-Brasil
Foto: Divulgação/Ansa-Brasil
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