Começou neste sábado (05) a vacinação em massa da população russa contra o coronavírus Sars-CoV-2. A princípio, como forma de testar o sistema nacional de imunizações, as doses estão sendo administradas a três grupos prioritários na capital Moscou.
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Neste sábado, trabalhadores dos setores da educação, serviço social e médicos, que se inscreveram no site da Prefeitura da capital, começam a receber as doses. Os grupos prioritários serão ampliados conforme as autoridades sanitárias forem recebendo mais doses da Sputnik V, vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia com apoio dos ministérios da Saúde e da Defesa.
Conforme anunciou o presidente do país, Vladimir Putin, no dia 2 de dezembro, a Rússia deve ter até dois milhões de doses do imunizante até a semana que vem, o que equivale à vacinação de um milhão de pessoas, e a imunização em outras partes do país deve começar no fim da próxima semana.
“Eu gostaria de dizer que a campanha de vacinação já foi lançada no Exército da Rússia e na cidade de Moscou. Até o fim da semana, todas as regiões do país vão se juntar à campanha”, disse a vice-premiê, Tatiana Golikova, à agência local Tass.
Além da abertura para o público civil, a Sputnik V já estava sendo aplicada em militares e equipes sanitárias de hospitais que atuam na linha de frente da pandemia.
Apesar de já ter iniciado a vacinar a população, o imunizante do Instituto Gamaleya ainda não finalizou a fase 3 dos testes clínicos, que envolvem cerca de 40 mil voluntários. No entanto, resultados preliminares divulgados pelo órgão mostram que a Sputnik V conseguiu ter uma eficácia “superior a 95%” na prevenção à Covid-19. Os dados ainda precisam ser revisados por cientistas independentes.
A campanha de vacinação começa no dia em que a Rússia voltou a bater um recorde de novos casos diários de Sars-CoV-2, com 28.782 infecções confirmadas, elevando o total de contaminações desde fevereiro para 2.431.731. Os dados oficiais ainda apontam 508 óbitos em 24 horas, o que totaliza 42.684 mortes desde o início da crise sanitária.
(Ansa – Agência Italiana de Notícias)
Foto: Reprodução Google Imagens