• 22 de novembro de 2024

Oriente Médio está sob tensão após ataques a petroleiras sauditas

A coalizão liderada pela Arábia Sauditainiciou nova operação militar ao norte da cidade portuária de Hodeida, no Iêmen, contra o que descreveu como “alvos militares legítimos”, relatou nesta quinta-feira (19) a rede de TV estatal Ekhbariya.

A ofensiva ocorre em meio à crise internacional gerada pela destruição de instalações petroleiras na Arábia Saudita. Os rebeldes houthis – apoiados pelo Irã na Guerra do Iêmen e que ocupam Hodeida – reivindicaram a autoria dos ataques de sábado, mas os governos saudita e norte-americano sugerem que o regime iraniano esteja por trás da ação.

Na ofensiva desta quinta-feira, a coalizão destruiu quatro locais usados para montagem de barcos de controle remoto e minas marítimas. Segundo os militares, a ação teve objetivo de ajudar a proteger a liberdade de navegação na cidade tomada pelos houthis, considerada principal porto de entrada de alimentos no Iêmen.

De acordo com os rebeldes houthis, a coalizão desrespeitou os acordos firmados no fim do ano passado, na Suécia, que estabeleciam cessar-fogo em Hodeida.

A aliança liderada pela Arábia Saudita, porém, afirmou que pediu para civis ficarem longe dos locais mirados e sustentou que a operação militar ocorreu em linha com a lei humanitária internacional, tomando as medidas de precaução necessárias.

Guerra do Iêmen

Criança brinca com um fuzil de brinquedo entre apoiadores armados do grupo político-religioso Houthi, que segue em combate contra as forças da coalizão comandada por Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, na cidade portuária de Hudeida, no Iêmen — Foto: Mohammed Huwais/AFP

Criança brinca com um fuzil de brinquedo entre apoiadores armados do grupo político-religioso Houthi, que segue em combate contra as forças da coalizão comandada por Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, na cidade portuária de Hudeida, no Iêmen — Foto: Mohammed Huwais/AFP

Sauditas e forças sunitas no Iêmen, apoiadas pelos Estados Unidos, intervieram no Iêmen em março de 2015 contra o grupo houthi após a destituição do governo internacionalmente reconhecido em Sanaa, no fim de 2014.

A guerra se estende desde então, e a violência dos conflitos e a fome causada pelo fechamento de portos deixaram milhares de mortos. Em 2018, a ONU considerou o conflito no Iêmen como a maior crise humanitária no mundo.

 (G1)

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