Na madrugada deste sábado (12), sirenes soaram por toda a cidade de Lviv, na Ucrânia, avisando sobre o risco de um possível ataque aéreo. A cidade tem sido uma das principais rotas para refugiados que querem fugir da conflito com a Rússia e, até então, não foi alvo de ataques. Mas a apreensão aumentou nos últimos dias, com incursões russas em cidades cada vez mais próximas.
Autoridades da Ucrânia relataram na sexta-feira, 11, ataques com danos substanciais e mortes na região de Volyn, no noroeste ucraniano, e no aeródromo militar de Ivano-Frankivsk, no sudoeste.
Dessa forma, a apreensão em Lviv ecoa no Ocidente. A cidade fica a menos de 100 quilômetros da fronteira com a Polônia, que faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ataques russos tão próximos do território da Otan acendem vários alertas para a comunidade mundial.
“Defenderemos cada centímetro do território da Otan”
Na tarde de sexta-feira, 11, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que um ataque ao território da Otan seria respondido à altura: “Quero ser claro: nós defenderemos cada centímetro do território da Otan com todo o poder de uma Otan unida e galvanizada.”
Contudo, Biden reconheceu o risco do conflito e disse que a aliança militar não entrará diretamente na guerra, se os exércitos russos mantiverem-se na Ucrânia. “Nós não entraremos numa guerra contra a Rússia na Ucrânia. Um confronto direto entre a Otan e a Rússia é a Terceira Guerra Mundial. É algo que devemos nos esforçar para evitar”, declarou.
Apesar disso, países da Otan têm participado indiretamente do conflito, com pesadas sanções à Rússia e envios de armamentos para fortalecer a defesa da Ucrânia.
(Agência Estadão Conteúdo)
Foto: Divulgação/Ag. Reuters