Passavam dois minutos das 13h (horário local) quando um homem ainda não identificado lançou um veículo contra dois policiais da guarda do Congresso Americano e uma barricada de segurança, que isolam o prédio do Capitólio desde 7 de janeiro, um dia após a invasão por apoiadores do então presidente Donald Trump ao prédio, na capital dos Estados Unidos.
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Um dos policiais e o suspeito morreram no incidente. O outro guarda está no hospital em decorrência dos ferimentos e ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
De acordo com a porta-voz da Polícia do Capitólio, Yogananda Pittman, depois dos dois atropelamentos e da batida que destruiu por completo a frente do sedan azul, “o suspeito saiu do veículo com uma faca na mão e se dirigiu agressivamente contra os policias do Capitólio”.
“Ele não respondeu aos comandos verbais dos agentes, que, diante disso, atiraram nele”.
Ataque é tratado como caso isolado
Pittman afirmou ainda que apesar do socorro rápido aos agentes — deslocados do Congresso em um helicóptero — um deles sucumbiu aos ferimentos minutos depois.
Sua identidade não foi revelada porque os familiares do policial ainda não estavam cientes da morte.
O FBI foi acionado para a investigação e atuará em conjunto com a Polícia Metropolitana de D.C. De acordo com o chefe da Polícia Metropolitana Robert Contee, o episódio está sendo tratado como um incidente isolado.
“Não vemos como uma ameaça permanente”, disse Contee, que afirmou que as motivações do suspeito ainda não foram esclarecidas.
O Congresso americano está fechado e isolado nesse momento por motivo de segurança, dado o risco de “ameaça externa”.
FBI alertou para ‘terrorismo doméstico’
Nos últimos três meses, o Capitólio tem sido vigiado e mantido sob proteção de grades e bloqueio em relação ao público. A Guarda Nacional auxilia no policiamento.
O FBI alertou para risco do que qualificou como “terrorismo doméstico” contra o Congresso nas últimas semanas.
“A Guarda Nacional de DC implantou uma Força de Reação Rápida composta por soldados da Guarda Nacional e aviadores para o complexo do Capitólio esta tarde para apoiar a Polícia do Capitólio dos EUA”, afirmou um porta-voz da Guarda Nacional.
Há nesse momento aproximadamente 2,3 mil soldados da força em Washington DC.
Visivelmente emocionada, Pittman fez um apelo à população: “Esses têm sido tempos extremamente difíceis para a Polícia do Capitólio, depois dos ataques de Janeiro e do que acaba de acontecer. Mantenham a polícia do capitólio em suas mentes e orações”.
O policial morto hoje é o quarto guarda do Capitólio a perder a vida esse ano. Antes dele, Brian Sicknick morreu em decorrência de ferimentos sofridos durante ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro, e outros dois agentes cometeram suicídio após atuar contra a invasão de apoiadores de Trump.
(BBC News Brasil)
Foto: Getty Images/BBC News Brasil