Pelo menos 73 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o anúncio do cessar-fogo entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, que entrará em vigor apenas no próximo domingo (19). O número foi divulgado pela Defesa Civil do enclave palestino, nesta quinta (16), que diz que o balanço de óbitos inclui 20 crianças e 25 mulheres.
Um porta-voz do órgão, Mahmud Bassal, afirmou à agência AFP que outras 230 pessoas ficaram feridas em bombardeios israelenses desde a confirmação da trégua. Os ataques se concentraram na Cidade de Gaza, no norte do enclave, mas também atingiram Khan Younis, no sul.
Enquanto isso, o gabinete do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de “renegar parte do acordo para obter concessões de última hora”. “O governo israelense não se reunirá [para aprovar formalmente o cessar-fogo] enquanto os mediadores não comunicarem que o Hamas aceitou todos os elementos”, diz um comunicado oficial.
Em resposta, um porta-voz do grupo islâmico, Sami Abu Zuhri, declarou à AFP que as acusações “não têm nenhuma base”. O pacto prevê uma trégua inicial de 42 dias, com a libertação de 33 israelenses mantidos como reféns na Faixa de Gaza – das 251 pessoas capturadas nos atentados de 7 de outubro de 2023, 94 têm paradeiro desconhecido, porém Israel acredita que 34 já morreram.
Em troca, Tel Aviv libertará um número ainda impreciso de prisioneiros palestinos, mas as estimativas giram em torno de mil. As negociações para a segunda fase do acordo começariam no 16º dia de trégua, voltadas à libertação dos reféns remanescentes e à restituição dos corpos daqueles que morreram a Israel, que soltaria uma nova leva de palestinos de suas prisões.
A terceira etapa envolveria o projeto de reconstrução de Gaza, incluindo a definição de quem ficará responsável por governar o enclave.
Com informações da Ansa-Brasil
Foto: Divulgação/Ansa-Brasil
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