Em sua enésima polêmica envolvendo as eleições presidenciais deste ano, Donald Trump sugeriu nesta quinta-feira (30) adiar o pleito de 3 de novembro até ser “seguro” ir às urnas presencialmente por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
“Com o voto por correios universal (não o voto por ausência, que é bom), 2020 será a mais imprecisa e fraudulenta eleição da história. Será um grande constrangimento para os EUA. Adiar a eleição até as pessoas poderem votar de maneira adequada, segura e protegida?”, escreveu em um post no Twitter.
No entanto, a Constituição norte-americana diz que apenas o Congresso pode mudar a data de uma eleição ou o dia da posse de um novo líder, nunca um presidente – nem que ele decrete a Lei Marcial, pois nada está acima da Carta Magna.
Cada vez mais atrás nas pesquisas de intenção de voto para o pleito, com diferenças que chegam a 14% para Joe Biden, Trump voltou a atacar os votos por correios, que estão sendo incentivados para evitar o risco de aglomeração e contaminação pela Covid-19.
Trump, porém, fez a ressalva no seu tuíte sobre o voto por ausência justificada porque a mídia norte-americana e sites de fact checking revelaram que tanto ele como membros de sua família usaram o sistema por diversas vezes nos últimos anos.
Tanto enquanto votava em Nova York – em eleições municipais e estaduais – como na Flórida, para onde transferiu sua residência neste ano, o republicano optou pelo voto por abstenção – que usa, basicamente, o mesmo sistema do voto antecipado por correios universal.
Ao ser questionado sobre isso durante uma coletiva na Casa Branca, Trump afirmou que há diferenças entre os dois sistemas porque os votos por correio são colocados todos juntos de uma vez, enquanto o por distância é “perfeitamente selado e seguro”.
(ANSA)