O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a revogação do visto americano do presidente da Colômbia, Gustavo Petro. A decisão foi justificada por “ações imprudentes e incendiárias” do líder colombiano.
Petro, que assumiu a presidência em agosto de 2022, estava em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU. Durante um encontro com manifestantes, ele declarou que os soldados americanos deveriam “desobedecer às ordens de Trump” e “obedecer às ordens da humanidade”, o que teria sido a gota d’água para o governo de Donald Trump.
No discurso oficial na ONU, Gustavo Petro fez duras críticas às operações militares dos EUA contra embarcações venezuelanas no Caribe, acusadas de tráfico de drogas. O presidente colombiano chegou a afirmar que Trump deveria enfrentar um “processo criminal” pelas mortes provocadas nessas ações.
Petro também voltou suas críticas ao conflito no Oriente Médio. Ele condenou a campanha militar de Israel em Gaza, apoiada pelo governo americano, e acusou Trump de ser “cúmplice do genocídio contra palestinos”.
A polêmica ganhou ainda mais força após uma investigação independente da ONU concluir, pela primeira vez, que Israel teria cometido genocídio em Gaza — acusação rejeitada pelo governo israelense.
Em resposta, Donald Trump afirmou que o governo colombiano não estaria cumprindo suas “obrigações no controle de drogas”, elevando a tensão diplomática entre os dois países.
Petro já estava a caminho de Bogotá quando ocorreu o anúncio informou a imprensa colombiana. O ministro do Interior, Armando Benedetti, escreveu nas redes sociais que era o visto do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que deveria ter sido revogado.
Impasse sobre deportados
No início deste ano, a Colômbia impediu dois aviões militares dos EUA que transportavam migrantes deportados de pousar em território colombiano. Petro não estava satisfeito com o tratamento dado aos deportados colombianos pelo governo Trump.
Em retaliação, o governo americano revogou os vistos de autoridades colombianas e chegou a anunciar tarifas de 25% sobre a Colômbia, um grande produtor de café.
Em resposta, Petro anunciou tarifas sobre produtos americanos. O impasse foi encerrado quando o então ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, anunciou que a Colômbia receberia de volta seus cidadãos. Trump então anunciou que não iria adiante com a implementação das medidas punitivas contra a Colômbia.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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