O quadrilátero onde hoje é o Distrito Federal era formado por diversas fazendas, num cantinho do estado de Goiás, colado em Minas Gerais.
Os nomes de algumas dessas propriedades deram origem a nomes de regiões administrativas do DF.
Foi na Fazenda Gama, ao sul de Brasília, onde surgiu o primeiro palácio da nova capital, o Catetinho.
Também foram desapropriadas as fazendas Santa Maria, Riacho Fundo, Taguatinga, Vicente Pires, Sobradinho e Paranauá ou Paranoá.
Outras deram nomes a locais bastante conhecidos. A Fazenda do Brejo ou do Torto ficava na região onde hoje existe a Granja, uma residência oficial onde alguns presidentes já passaram os fins de semana.
Tinha também as fazendas Ponte Alta, Engenho das Lajes, Mestre d’Armas, Rodeador, Monjolos, Pipiripau e Papuda.
A fazenda onde hoje fica o Plano Piloto era a do Bananal.
A Comissão de Cooperação para Mudança da Capital Federal listou quase uma centena de fazendas que foram desapropriadas parcial ou completamente, para dar lugar aos 5.802 quilômetros quadrados que compõem o Distrito Federal.
Com tantas propriedades, a região precisava ter algum sistema de comunicação.
Documentos dos Correios registram uma rota postal que passava por aqui por volta do ano de 1710.
Os carteiros dessa rota trafegavam entre a cidade de Santa Luzia, que hoje se chama Luziânia, e Vila Boa, atualmente Cidade de Goiás.
Por falar em Correios, o CAN, Correio Aéreo Nacional, atua na região desde o fim da década de 1930, quase 20 anos antes de ter aeroporto por aqui. Os aviões usavam uma pista de pouso que ficava em uma fazenda em Luziânia.
(Agência Brasil)