Expressão Brasiliense As movimentações e articulações nos bastidores por parte do prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró, do MDB, têm gerado desconfiança entre seus aliados que se encontram temerários com possíveis traições e rasteiras por parte do prefeito diante de suas atitudes sorrateiras.
A mais recente armação de Mossoró ocorreu durante a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Valparaíso. Visando ter o controle indireto do legislativo valparaisense, o prefeito prometeu apoio para três vereadores, que tinham a pretensão de presidir a Câmara, sem que eles soubessem que o mandatário do executivo estaria agindo por debaixo dos panos para eleger outro.
O jogo-sujo executado silenciosamente por Pábio Mossoró acabou sendo descoberto e os três vereadores traídos, Alceu Gomes, do PL, Tião da Padaria, do PRTB, e Zequinha, também do PL, viram o prefeito apoiar e ajudar a eleger Flávio Lopes, do MDB, à presidência da Câmara Municipal, com os votos da oposição.
Sucessão na prefeitura
Como Mossoró se encontra no seu segundo mandato de prefeito, ele não poderá concorrer em 2024 para o cargo. Com isso, a sua sucessão tem sido debatida entre os políticos e lideranças da cidade.
Nos bastidores, o nome do ainda presidente da Câmara de Valparaíso, o vereador Plácido Cunha, do Avante, vinha sendo apontado como o candidato de Pábio.
No entanto, o prefeito anda espalhando pela cidade que quem terá seu apoio em 2024 na disputa pela prefeitura da cidade será a sua atual vice-prefeita e deputada estadual eleita pelo PRTB, Zeli Fristche.
A intenção real de Mossoró é impedir que Zeli concorra à reeleição em 2026 e o apoie na sua tentativa de se tornar deputado estadual.
Para que o plano dê certo, o prefeito Pábio Mossoró não pensou duas vezes em trair Plácido e armar a cama de espinhos para Zeli Fritsche se deitar em 2024.
Vai ficar isolado
Diante de tantas armações e sacanagens protagonizadas por Pábio Mossoró, já se sabe que os três vereadores traídos estão preparando o troco.
Já Plácido Cunha, que foi leal a Pábio nesses últimos anos, está se reaproximando da deputada Lêda Borges, do PSDB. O vereador e o prefeito são oriundos do grupo da deputada que se elegeu federal neste ano, mas abandonaram a tucana em busca de voos solos.
Se a aliança entre Plácido e Lêda prosperar, o grupo de Pábio Mossoró tende a perder o comando da prefeitura, pois o vereador do Avante é bem quisto na cidade e a deputada exerce influência sob os eleitores de Valparaíso, que é o seu principal reduto eleitoral.
Quanto à vice-prefeita, a doutora Zeli vem sinalizando a pessoas mais próximas que não pretende abandonar o cargo no legislativo estadual para atender aos interesses e caprichos de seu mentor.
Pelo visto, o prefeito Pábio Mossoró, que tinha tudo para se tornar um dos maiores líderes políticos da região do Entorno, caminha para ser isolado por aqueles que lhe foram fiéis, mas que estão se sentindo usados e traídos por ele.
Mesmo sendo um político experimentado, Mossoró não aprendeu a lição que nesse meio quem não cumpre com sua palavra e não honra seus compromissos está fadado ao fracasso e ao esquecimento.
Quando 2024 acabar e Pábio Mossoró ficar sem mandato, ele vai ver como os que foram enganados vão tratá-lo. Oxalá ele esteja preparado para isso.
Foto: José Fernando Vilela/Expressão Brasiliense
