O chefe do Executivo de Luziânia (GO), Cristovam Tormin (PSD), entrou na mira do Ministério Público de Goiás (MPGO). A Procuradoria Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos apura denúncia de assédios sexual e moral contra ele. Tormin teria feito investidas contra servidoras e ex-funcionárias da prefeitura.
O MP confirmou que o assunto “está em apuração, porém, foi decretado sigilo, até para preservar as vítimas”. O órgão afirmou ainda que “em momento oportuno, a instituição vai se manifestar para informar sobre o trabalho em andamento”.
Pelo menos três mulheres acusam o prefeito de assédios sexual e moral. O político cumpre segundo mandato. O assunto veio à tona no dia 10 deste mês, durante sessão na Câmara Municipal da cidade. O vereador Télio Rodrigues (PSDB) utilizou a tribuna para anunciar que foi alvo de uma ocorrência policial por parte do prefeito.
“Vim à tribuna para repudiar a atitude do prefeito Cristóvão que, em uma tentativa de reverter uma situação que está em andamento em seu desfavor, registrou ocorrência policial contra a minha pessoa pelos crimes de calúnia e difamação, contra a administração pública”, disse.
Logo depois, o parlamentar expôs o motivo pelo qual ele teria sido denunciado: “Existe uma acusação em andamento de assédio moral e sexual, feita por servidoras e ex-servidoras da prefeitura. Crime repugnante. Eu não tenho nada a ver com essas denúncias que pesam sobre o prefeito Cristóvão. Foram mulheres que trabalham com ele”.
“O prefeito soube da evolução do processo de investigação no Ministério Público e foi ao delegado regional apresentar alegações no sentido de dizer que as vítimas estavam induzindo a situação ao erro com falsa notícia de crime”, afirmou o advogado de três reclamantes, Humberto Kremer Neto, ao portal.
Além disso, ressaltou Humberto, a denúncia do prefeito traria a acusação de que as três mulheres “estariam agindo de má-fé, em articulação com a oposição, formada pelos vereadores Télio Rodrigues (PSDB) e Eliel Júnior (SD), no sentido de denegri-lo”.
Por considerar a manifestação do prefeito como caluniosa, Kremer Neto pediu ao procurador-geral do Ministério Público que essa manifestação do prefeito seja considerada como falsa notícia-crime. “Requeremos, então, um segundo inquérito contra o falso testemunho do prefeito.”
(Metrópoles)