Na sexta-feira (21), às vésperas do feriado de Carnaval, o Ministério Público de Goiás realizou uma coletiva de imprensa para informar o afastamento do prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD). De acordo com o MP-GO, a medida foi adotada para garantir a segurança das vítimas, evitar intimidação e interferências nas investigações. O político foi denunciado por importunação sexual contra uma servidora do município. Durante o período de suspensão, a vice-prefeita, Edna Aparecida Alves da Silveira (PROS), assume interinamente o cargo. Ainda cabe recurso sobre a decisão de afastamento.
A denúncia do MP, feita no início de fevereiro, trata o caso de apenas uma vítima. Porém, ainda existem outros casos de crimes sexuais em investigação, além de improbidade administrativa.
“Como algumas vítimas são servidoras, ele sendo afastado dá uma segurança às vítimas, evita intimidação e eventual interferência na produção de provas, o que poderia comprometer o resultado das investigações”, disse o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi.
Não foram informados detalhes sobre quando aconteceu o crime e nem de que forma o prefeito teria agido. “Os fatos revelados nos mostraram gravidade suficiente para solicitar o afastamento cautelar. É importante que as vítimas sejam apoiadas e que esse tipo de conduta receba a resposta correta do estado”, disse a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Ana Cristina Ribeiro Peternella França.
O promotor de Justiça Cássio Roberto Teruel Zarzur explicou que o crime de importunação é mais grave que o de assédio, com pena de até cinco anos de prisão. “Tomamos conhecimento desse caso em novembro de 2019. O crime aconteceu relativamente recente. Mas não podemos passar mais detalhes, pois estamos preservando a vida privada, a honra e a segurança dos envolvidos”, disse.
Com informações do portal G1 Goiás