As academias estão no grupo de atividades mais afetadas pela crise sanitária causada pela Covid-19 no Brasil e principalmente na capital do país. De acordo com o Sindicato das Academias (SINDAC), pelo menos 150 pontos foram fechados durante o período de isolamento e 35% dos alunos cancelaram as matrículas.
Antes da pandemia, o setor chamava a atenção pelo crescimento, com cerca de 1.500 academias em funcionamento na capital. Agora, segundo o SINDAC, a expectativa é de que mais 100 estabelecimentos possam encerrar as atividades até o fim do ano.
A crise chegou até a TAI CrossFit, localizada na 910 Norte. No início de 2020, o espaço recebia diariamente cerca de 400 alunos. Com as medidas de restrição e o lockdown, as atividades retornaram em agosto do mesmo ano, com apenas 120 clientes, uma queda de 70%.
Superando a crise
Para recuperar o faturamento, Lucas Americano, empresário e CEO da empresa, decidiu se reinventar para superar a crise. Ele conta que o primeiro passo foi investir no conceito de “overdelivery”, que consiste em entregar mais do que o cliente espera pelo serviço. A virada de chave fez com que em 2021, a TAI CrossFit tivesse um acréscimo de 925% de alunos pagantes, além da abertura de duas novas unidades.
“O primeiro passo foi investir no conceito de “overdelivery”, que consiste em entregar mais do que o cliente espera pelo serviço e a TAI abriu o leque de serviços de saúde e foi a mais de só atividade física. Além do Crossfit, carro chefe da empresa até então, a TAI passou a contar com outras modalidades de esportes. A academia oferece também clube de corrida, yoga, ginástica, levantamento de peso, nutrição e até fisioterapia. Tudo isso incluso no valor da mensalidade, que não sofreu alteração”, explica Lucas Americano.
Muito além dos protocolos de segurança, Lucas decidiu investir no acolhimento e no fortalecimento do sentimento de comunidade e segurança entre os alunos. O resultado foi quase imediato.
“Em menos de 12 meses, o número de inscritos subiu de 120 para 940. Hoje, a TAI tem 4 unidades espalhadas por Brasília e mais 1230 alunos, chegando a um décimo do número que queremos atingir”, explica.
Lucas conta que quer fazer a diferença na vida de muitas pessoas ainda. “Nosso grande objetivo é impactar positivamente a vida de 10 mil pessoas mensalmente e queremos atingir esse número nos próximos 5 anos”, finaliza.