Além das próprias braçadas e pernadas, a carreira da nadadora brasiliense Ágatha Amaral, de 13 anos, também é impulsionada pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio do Governo do Distrito Federal (GDF) para atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas. Além de Ágatha, outros 236 atletas locais foram contemplados com o benefício em 2021, totalizando um investimento de mais de R$ 2,6 milhões até o fim do ano.
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Competindo desde os cinco anos, Ágatha é uma das maiores promessas da natação brasileira. A nadadora detém o recorde distrital na prova dos 400 metros medley, com o tempo de 4:56.36. Durante 17 anos, a dona da melhor marca era Manuella Lyrio, ex-nadadora de Brasília, que conquistou nove medalhas em Jogos Pan-Americanos.
“Para se ter uma ideia, um traje de natação custa, por baixo, uns R$ 2 mil. E todo ano ela precisa de um novo”, Adriana Marcondes Amaral, mãe de Ágatha
Ágatha mora com a família em Águas Claras e sua rotina é intensa: treinos de segunda a sexta pela tarde e aos sábados pela manhã e compromissos com nutricionista e fisioterapeuta. Tudo isso resulta em uma conta dispendiosa no fim do mês. E é nesse ponto que o Bolsa Atleta se torna uma ferramenta essencial para os esportistas e as famílias.
“Para se ter uma ideia, um traje de natação custa, por baixo, uns R$ 2 mil. E todo ano ela precisa de um novo”, explica Adriana Marcondes Amaral, mãe de Ágatha e responsável pela carreira da filha. “Aliado aos gastos com nutricionista, fisioterapeuta e as viagens para competições, o Bolsa Atleta faz muita diferença”.
A nadadora é beneficiária do programa desde o ano passado, quando completou 12 anos, idade mínima para se habilitar ao recebimento do Bolsa Atleta. Com a ajuda, Ágatha pôde participar de duas importantes competições em 2020: a Copa Uana, em Lima (Peru); e o Troféu Brasil, no Rio de Janeiro.
“Esse é um dos programas mais importantes da Secretaria de Esporte, já que possibilita condições mínimas ao atleta de alto rendimento para que se dedique com tranquilidade aos treinamentos e competições. Mesmo em um período tão delicado como o que vivemos hoje por conta da pandemia, trabalhamos para garantir que esse aporte fosse mantido, pois sabemos a diferença que faz no cotidiano dos nossos esportistas”, destaca a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira.
Sobre o programa
O Bolsa Atleta é um programa de patrocínio individual de atletas e paratletas de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais. O benefício garante condições mínimas para que os esportistas se dediquem, com exclusividade, ao treinamento e às competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.
Concedido pelo prazo de um ano, com parcelas mensais ao longo dos 12 meses, o valor é fornecido de acordo com a classificação dos atletas e dos níveis da modalidade.
Para ter acesso ao programa, o atleta deve possuir residência fixa no DF há pelo menos três anos (ou dois para pessoas com deficiência), ter no mínimo 12 anos de idade e haver participado de competição esportiva nacional ou no exterior no ano anterior àquele em que tiver sido pleiteado o Bolsa Atleta, além de não estar respondendo a processos na Justiça Desportiva.
(Agência Brasília)
Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília