A 26ª edição do 25h Nadando foi realizada no último fim de semana no Parque Aquático do Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB). A competição, que é uma parceria do SESC-DF com a UnB, contou cerca de 750 inscrições teve início às 10h do sábado (3) e terminou no domingo (4), às 11h.
O evento é uma tradição calendário esportivo do DF desde 1990. Esta edição conta com 150 atletas nadadores em 8 raias, que ainda disputam o mesmo ímpeto: nadar a maior distância entre as equipes inscritas. Isso torna o evento competitivo, sem perder o caráter participativo e recreativo.
Para o Diretor Regional do Sesc -DF, Valcides Silva o evento é muito importante. “No mesmo espaço podemos congregar saúde, esporte, lazer e competição”. Atletas de diversas academias do Distrito Federal estão em competição, além de instituições e escolinhas de natação, atuando em equipes. O evento ainda dispõe de uma raia destinada para pessoas com deficiência, com o apoio do Hospital Sarah e da Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial – Cetefe.
Simone Montenegro, professora do Mackenzie se sentiu lisonjeada pelo convite para o evento. “Estou achando o evento fantástico, nadando de forma sincronizada. Hoje buscamos abrilhantar mais o evento”, diz. A equipe do Mackenzie conta com 8 atletas, que vão se apresentar com coreografias distintas de solo, dueto e equipe, sendo 3 atletas da seleção brasileira de nado adulto. O dueto Jr esteve recentemente em Quebec, no Canadá, com as atletas Ana Clara Machado, Alice Tenório e Vitória Diegues, que também estão se preparando para se apresentarem ainda este ano em São Paulo, Chile e Argentina.
O evento também disponibiliza uma raia destinada a pessoas com deficiência e/ou limitações diversas, que recebe o apoio do Hospital Sarah, da APABB (Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil) e do CETEFE (Centro de Treinamento de Educação Física Especial), além de uma raia aberta à comunidade, para atendimento de todos aqueles que não possuem equipe e queiram participar do evento.
Ana Maria dos Santos é cadeirante e atleta do Hospital Sarah, recebeu o convite para participar e se sentiu muito feliz. “Me chamou a atenção essa raia junto na competição, para mostrar para a população, como forma de inclusão social e também de valorização da gente”, comemora.
Paulo Henrique Azevedo, professor e coordenador do evento, na UnB, diz que a parceria com o Sesc existe desde 2005 e de lá pra cá o evento já atendeu mais de 40 mil pessoas. A raia específica para deficientes é um dos orgulhos da competição, na mesma piscina que os demais, para que se sintam reconhecidos. “O impacto da presença desse público é muito grande no evento. É uma característica imbatível, pessoas chegam de vários lugares para prestigiar o revezamento, aqui acaba sendo uma das possibilidades de valorização desse público”, diz. “Podem participar também pessoas amputadas de braço e perna, e eles nadam 100 metros, para essas pessoas esse evento significa muito”, complementa.
O revezamento aquático tem a finalidade de reunir os admiradores da natação, além de congregar em um só lugar atividades esportivas, recreativas e de lazer. O evento é o único do gênero com uma raia destinada a pessoas com deficiência e necessidades especiais, desde a sua criação, em 1990.
Angélica Oliveira, atleta do Sesc do Gama já participa da competição há 3 anos. “É bom para quem está começando e para quem já nada profissionalmente, aqui tem gente de todos os níveis e gosto muito “, diz.
Paralelo à programação o SESC-DF oferece gincanas e atividades recreativas, shows musicais, DJ e ainda, apresentações de nado sincronizado (Colégio Mackenzie) e saltos ornamentais (Saltos Brasil – Centro de treinamento criado pelo atleta olímpico Hugo Parisi).
Para o coordenador de Esporte e Lazer do Sesc-DF, Gustavo Schmarczek Beier, “No congresso técnico, realizado dia 31/08, com participação dos representantes das equipes, ficou evidente a motivação e alegria de todos pelo retorno da competição, que este ano renova a sua proposta social, com a troca do valor das inscrições pela doação de materiais escolares, buscando a conscientização e solidariedade dos participantes e público presente”.
Em 2018, última edição do evento, a equipe campeã atingiu a distância de 91.500m, com somatório de todas as equipes de 602.200m percorridos.
Contexto Histórico do evento
O revezamento 25 Horas Nadando foi concebido a partir de um evento denominado ”24 Horas Nadando” que foi realizado no DEFER/DF (Departamento de Educação Física Esparte e Recreação do Distrito Federal), na década de 1980, como parte do programa nacional do “Esporte para Todos”.
O interesse do então Departamento de Educação Física da UnB, na realização de um evento com características semelhantes, surgiu a partir de uma discussão entre um grupo de professores e alunos, que buscavam criar opções que possibilitassem aos alunos do curso de graduação vivenciar a organização e promoção de projetos práticos, bem como incentivar o desenvolvimento de atividades comunitárias que atendessem, em um primeiro momento, os diferentes segmentos da Universidade.
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