Ao vencer as eleições para prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão, do PL, mal poderia imaginar o que lhe esperava a partir do dia 1º de janeiro deste ano quando assumiu o cargo. Carlinhos derrotou a ex-prefeita Sônia Chaves, do PSDB, por uma diferença de votos bem significativa. O prefeito conversou com o Expressão Brasiliense e fez um balanço desses pouco mais de 40 dias de trabalho na cidade.
Veja também
Dada as circunstâncias da pandemia, Carlinhos do Mangão tem dado uma atenção especial no enfrentamento a doença. A área da saúde tem sido o principal foco da gestão de Carlinhos. Segundo ele, as unidades de saúde estão funcionando com as equipes completas. O prefeito fez um alerta para que a população esteja atenta as chuvas e ajude a manter a cidade limpa para evitar focos do mosquito da dengue.
“Além dessa pandemia, com a segunda onda da covid, a nossa preocupação nesse período chuvoso é com a dengue. Mas nós estamos trabalhando junto com a nossa equipe para que a população tenha uma qualidade de vida melhor”, destacou o prefeito ao citar que equipes da prefeitura tem realizado a limpeza nas ruas, recolhendo entulhos e locais inapropriados para descarte de lixo.
Carlinhos do Mangão revelou que para este ano a sua gestão vai reformar escolas, reformar postos de saúde, construção de quadras poliesportivas, além de retomar o atendimento do programa Vapt Vupt, unidade de atendimento de serviços públicos estaduais.
“O Vapt Vupt é um serviço essencial para a nossa população que nós perdemos na gestão passada. Estamos trabalhando para que neste semestre tenhamos uma unidade do Vapt Vupt funcionando no Novo Gama”, afirmou Carlinhos.
Quanto a situação financeira da cidade, o prefeito fez questão de registrar que herdou um órgão praticamente sucateado, com falta de pessoal para trabalhar e com os computadores completamente sem registro das atividades e serviços executados pelas gestões anteriores.
“Depois que tomei posse, busquei fazer um levantamento rápido do que a gente tinha de pessoal e recursos para trabalhar e constatamos que muitos servidores estavam de licença-prêmio e os computadores todos formatados, ou seja, não tínhamos dados nenhum e nem gente para ajudar a trabalhar”, apontou o prefeito.
O gestor disse que para que a Prefeitura pudesse voltar a funcionar teve que encaminhar um projeto de reestruturação do órgão para a Câmara Municipal de Novo Gama.
“Nós saímos de 857 cargos comissionados para 324 para poder colocar a máquina administrativa para funcionar. Nós vamos ter aí uma economia de quase R$ 1,5 milhão na folha”, observou.
Devido a essa situação, Carlinhos do Mangão informou que estava abrindo mão de seu salário, de usar carro oficial e ser ressarcido com o dinheiro da gasolina por utilizar seu próprio veículo para deslocamento nas atividades inerentes ao cargo.
“Tenho a consciência que eu também devo ajudar. O que fizeram com a Prefeitura de Novo Gama é um crime”, lamentou Carlinhos do Mangão.
Por José Fernando Vilela
Fotos: José Fernando Vilela/Expressão Brasiliense