O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (20) um decreto que retira a tarifa de 40% sobre uma lista ampliada de produtos brasileiros, incluindo carne bovina, café, suco de laranja, manga, coco, açaí, abacaxi e peças de aeronaves. A medida tem efeito retroativo a 13 de novembro e pode gerar reembolso para importadores.
O anúncio pegou Brasília em clima de comemoração imediata — e também de leitura política acelerada. O gesto, divulgado pela Casa Branca, é apresentado como resultado dos avanços nas negociações entre os dois governos após a conversa telefônica de 3 de outubro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Casa Branca cita “avanço inicial” e reembolso de tarifas
Na ordem executiva, Trump afirma que as conversas com o governo brasileiro tornaram desnecessária a taxação de parte das importações agrícolas. O texto determina que eventuais reembolsos sejam feitos conforme as regras da Alfândega dos EUA.
Assessores do republicano recomendaram a exclusão desses produtos da tarifa de 40% devido ao “avanço inicial das negociações”, segundo o Planalto.
Governo brasileiro celebra e promete seguir na mesa de negociação
Em nota, o governo brasileiro disse manter “plena disposição para continuar o diálogo”, destacando “201 anos de excelentes relações diplomáticas”. Brasília pretende seguir negociando para derrubar as demais tarifas ainda aplicadas ao comércio bilateral.
A chancelaria também destacou que a data escolhida por Washington para o início da isenção — 13 de novembro — coincide com a reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio, em Washington.
Lula reage ao anúncio durante evento em São Paulo
Lula comentou o decreto em vídeo publicado à noite nas redes sociais, gravado no Salão do Automóvel, onde estava ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente classificou o gesto de Trump como “um bom sinal” e disse esperar avançar para “zerar qualquer celeuma comercial ou política” entre os países.
“Não é tudo o que eu quero, mas é muito importante”, afirmou Lula, citando o telefonema de meia hora que teve com Trump e o encontro entre ambos na Malásia.
Com o movimento, a diplomacia de Washington e Brasília corre para reorganizar o tabuleiro comercial — agora sob a expectativa de que novas isenções possam surgir à medida que Lula e Trump retomam o diálogo direto.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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