Antes mesmo de ser inaugurado, o Parque Sul de Águas Claras chama a atenção dos moradores. Com área total de 30,2 mil metros quadrados, o espaço oferece uma quadra de areia para a prática de vôlei e tênis, ciclovia, parquinho infantil, mobiliário urbano e paisagismo – além da única pista de patinação de alta velocidade do Distrito Federal e a segunda do Brasil. O outro patinódromo fica na Cidade de Sertãozinho (SP), mas atualmente está desativado.
O custeio e a execução da obra são de responsabilidade da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). O aporte implementado é de R$ 8,7 milhões e os serviços que tiraram o parque urbano do papel foram divididos em três etapas. A primeira incluiu a limpeza geral na área, construção de calçadas com acessibilidade e três estacionamentos de bloquetes com 97 vagas. A segunda contemplou a construção de quadra de areia para vôlei e tênis, uma pista de patinação, mobiliário urbano e implantação de todo o paisagismo no local.
Em andamento, a terceira etapa prevê a criação do centro de atividades e do módulo de apoio. O centro terá um espaço multiúso – semelhante a um anfiteatro, administração, lanchonete, três lojas e três banheiros. Já o módulo, terá uma lanchonete, duas lojas e três banheiros.
“Além disso, já estamos elaborando o projeto básico para contratar a iluminação pública para o local, que trará ainda mais conforto na utilização do espaço pela população”, antecipa o presidente da Terracap, Izidio Santos.
Padrões esportivos internacionais
Izidio Santos reitera que o patinódromo recebeu recentemente revestimento de poliuretano antiderrapante. “A adequação da pista permitirá que Brasília forme atletas profissionais em patinação e que receba competições nacionais na modalidade esportiva”, conta.
O patinódromo é o único no país com os padrões internacionais para o esporte em alta velocidade. A pista prevista no projeto original continha 5 metros de largura, mas, para atender os atletas da capital federal, a metragem passou para 6 metros. Também houve adequações na pintura, com a aplicação do revestimento de poliuretano antiderrapante, e proteção na lateral, que tem altura de 1,30 m.
Segundo a diretora de patinação de velocidade da Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação, Cyndia Pardo, estas são as características ideais para a prática da modalidade e impactam diretamente na qualidade dos treinos dos atletas. Ela conta que a capital federal é responsável por formar atletas campeões nacionais, incluindo um campeão pan-americano e medalhistas sul-americanos.
“Brasília é uma potência nessa modalidade”, afirma Pardo. “As equipes e os atletas treinavam em locais que não são apropriados, que não têm segurança e nem as dimensões corretas, e isso gera desigualdade para quem vai competir e insegurança para todos, porque, como é um esporte de alta velocidade, ter o espaço adequado é essencial”.
Incentivo
O Parque Sul é localizado na Rua Babaçu, às margens da Avenida Jacarandá e próximo à Rua 25 Sul. Além disso, fica a 650 metros de distância da estação de metrô Águas Claras. Nas redondezas, há paradas de ônibus, escolas, unidades de saúde privada, além de prédios e condomínios residenciais. Este será o segundo parque da região administrativa, que já conta com o Parque Ecológico de Águas Claras, administrado pelo Instituto Brasília Ambiental.
Quando concluídas, a manutenção e a gestão do espaço serão de responsabilidade da administração local. “O parque urbano, antes mesmo de ser inaugurado, já entrou para a rotina dos moradores, que têm mais qualidade de vida e acesso a esporte e lazer. Agradecemos ao governador Ibaneis Rocha e à Terracap por mais essa obra em nossa cidade”, afirma o administrador regional interino, Leandro Leite.
Conforme a última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), de 2021, a região administrativa reúne mais de 120 mil moradores, com idade média de 31 anos. Entre os domicílios pesquisados, 54,5% informaram ter pelo menos um animal de estimação.
Para a cuidadora Lúcia Ramos, 52 anos, o Parque Sul vem para agregar não só na qualidade de vida dos moradores, mas também na dos pets. Ela trabalha na cidade e, semanalmente, vai ao espaço aberto para passear com os cães da patroa. “Vejo muita criança correndo aqui, no final da tarde. Tem o pessoal que vem para praticar esporte. Antes não tinha estrutura nenhuma”, completa.
Quem mora próximo ao parque também elogia a iniciativa. O professor Flávio Figueiredo, 47, reside próximo à Avenida Jacarandá há cerca de um ano e meio e já incluiu o parque na rotina. “Venho para jogar vôlei e sempre assisto à galera jogando tênis. Aqui tem lazer para as crianças também”, aponta. “O governo fez um bom aproveitamento do local”, acrescenta.
O atendente de farmácia Fábio Cardoso, 30 anos, afirma que a empreitada beneficia também a economia local. “As famílias vêm muito aqui aos finais de semana e sempre trazem as crianças para brincar. Então, acabam comprando uma água, um picolé, um sorvete, e isso ajuda a movimentar o comércio”, defende.
(Agência Brasília)
Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília
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