O Governo do Distrito Federal (GDF) aposta nas Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADE) para gerar emprego e renda e atrair novos negócios para a capital federal. A aposta tem dado resultado: R$ 99,7 milhões em investimentos e projeção de pelo menos dois mil empregos gerados.
Esses investimentos nas ADEs – três em Ceilândia, uma em Santa Maria e uma no Gama – são resultado do empréstimo de 71 milhões de dólares feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com contrapartida de 30% do GDF naquele total. Tal valor tem permitido obras de pavimentação, drenagem, ciclovia, estacionamento, subestação de energia, paisagismo e praças. Todas são necessárias para que as cidades se desenvolvam e possam abrigar empresas de pequeno, médio e grande porte, como já tem acontecido.
“As ADEs são áreas de descentralização importantes porque levam às regiões administrativas espaços, equipamentos e possibilidades para que empreendedores possam instalar suas plantas empresariais, com os cuidados do GDF” José Eduardo Pereira, secretário de Desenvolvimento Econômico
A instalação de pelo menos cinco grandes grupos no Polo JK, em Santa Maria, é fruto desse trabalho. Juntas, a União Química, a EMS Indústria Farmacêutica, a Nova Amazonas, a Mafra e a Bimbo vão gerar 1.960 empregos.
“As ADEs são áreas de descentralização importantes porque levam às regiões administrativas espaços, equipamentos e possibilidades para que empreendedores possam ali instalar suas plantas empresariais, com os cuidados do GDF. Notadamente elas são instrumentos de incentivo do GDF para atrair investimentos e melhorar a infraestrutura para quem já está instalado ali”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira.
As obras transformaram a paisagem da ADE de Ceilândia, por exemplo, onde está em andamento a construção de ciclovias e praças e a pavimentação asfáltica. No Gama, a população aguardou por 20 anos a chegada da drenagem e da pavimentação asfáltica para o desenvolvimento do Setor de Múltiplas Atividades (SMA), chamado carinhosamente de AMA do Gama. Já em Santa Maria, a conclusão da subestação de energia do Polo JK vai permitir o desenvolvimento real da região, onde empresas funcionam até hoje com geradores a diesel.
“Importante dizer que nossa intenção é fazer uma entrega da estrutura urbana das ADEs para estimular e descentralizar a geração de emprego e renda nessas regiões administrativas”, afirma a subsecretária de Apoio às Áreas de Desenvolvimento Econômico, Maria Auxiliadora Gonçalves França.
Que ver como esse cenário está mudando? Acompanhe a seguir o andamento dos investimentos em cada uma dessas cidades.
Ceilândia
Ceilândia lidera os investimentos, com R$ 51,6 milhões. Por lá estão em fase final as obras de urbanização e de mobilidade urbana da ADE Materiais de Construção, além da execução da pavimentação asfáltica e da rede de drenagem de águas pluviais do Setor de Indústria. O mesmo acontece com a construção das praças nas ADEs Setor de Materiais de Construção e Setor de Indústria.
O que está sendo feito:
→ Complementação da urbanização e mobilidade urbana da ADE Materiais de Construção;
→ Execução de pavimentação asfáltica Setor de Indústria da Ceilândia;
→ Execução de rede de drenagem de águas pluviais da ADE Setor de Indústria da Ceilândia;
→ Complementação da urbanização e mobilidade urbana da ADE Setor de Indústria;
→ Obras das praças nas ADEs Setor de Materiais de construção e Setor de Indústria da Ceilândia.
Santa Maria
Em Santa Maria os investimentos giram em torno de R$ 44,2 milhões no Polo JK. Por lá, a subestação de energia já foi concluída. Serviços de drenagem, implantação de lagoas de amortecimento, pavimentação, urbanização e mobilidade urbana estão em andamento.
É no Polo JK que estão instaladas empresas como a União Química e a EMS Indústria Farmacêutica, bem como a Nova Amazonas, Mafra e Bimbo. Juntas, elas vão gerar 1.960 empregos.
A subestação de energia é importante porque vai oferecer um tipo de energia específica para grandes plantas industriais, que é a de alta tensão, chamada de energia firme – mais estável que a utilizada para abastecer, por exemplo, as áreas residenciais.
“Essas obras são importantes porque geram emprego e renda para as pessoas e, mesmo durante a pandemia, todos os cuidados necessários estão sendo tomados”, aponta a administradora da cidade, Marileide Alves Romão.
O que está sendo feito:
→ Complementação da drenagem da 1º e 2º etapas da ADE Polo JK;
→ Implantação de lagoas de amortecimento;
→ Rede de interligação e lançamento final da ADE Polo JK;
→ Implantação da subestação da ADE Polo JK;
→ Complementação da pavimentação 1ª e 2ª Etapas Complementação da urbanização e mobilidade urbana da ADE Polo JK.
Gama
No Gama, o sistema de drenagem e pavimentação da ADE deverá ser concluído até dezembro de 2020. A obra, com investimento de R$ 3,9 milhões, ultrapassou os 50% de execução, mesmo em meio à pandemia causada pelo coronavírus.
Além da drenagem e pavimentação, a ADE vai receber outras obras, como a instalação de iluminação pública e ampliação de rede de esgoto. Ao todo, serão investidos R$ 2 milhões nestes novos investimentos.
Serviços que são comemorados por quem há anos luta pela região, como a vice-presidente da Associação dos Micro e Pequenos Empresários do Gama (Amicro), Iracilda Maria de Siqueira. “Hoje nossa ADE está em festa. Conseguimos a licença ambiental e em seguida as obras chegaram para alegrar o coração das pessoas. Para alguns, conseguir melhorias na ADE é uma luta de mais de 20 anos”, conta Iracilda, dona de uma empresa do ramo de confecção.
“É uma alegria imensa ver essas obras acontecer e saber que as empresas vão poder se instalar aqui. Nossa ADE ficou parada durante anos e as poucas que estavam instaladas aqui precisavam retirar recursos de outras fontes para se manter. Agora, não. Vai ter venda e acredito que o movimento vá aumentar em 80% aqui”, acrescenta Iracilda.
O que está sendo feito:
→ Complementação de infraestrutura de drenagem e pavimentação asfáltica do SMA – AMA do Gama.
Procidades
Todas essas benfeitorias nas ADEs fazem parte do Programa de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Procidades), que tem como base quatro componentes: a parte de desenvolvimento institucional, com instrumentos e insumos para a secretaria gerir o Procidades, com funcionários, capacitação, computadores; o Plano Distrital de Atração de Investimentos (Pdai), que significa estudar o cenário e propor caminho para o desenvolvimento econômico no Distrito Federal baseado em vocações; o desenvolvimento das empresas que estão localizadas nas ADEs e, por fim, sua cadeia produtiva.
(Agência Brasília)