Responsáveis por ajudar a erguer algumas das cidades existentes da capital federal, às associações e cooperativas habitacionais do DF promoveram um grande encontro, nesta quarta-feira (1º), dia do trabalhador, na área do centro urbano do Recanto das Emas onde será construído o Residencial Maria Natividade, para apresentar ao GDF, por meio da Codhab-DF, uma pauta de reivindicações do movimento.
Recentemente, o governo Ibaneis anunciou que planeja construir e entregar milhares de moradias até 2026. Como a Lei Distrital 3.877/2006, que trata da política habitacional do DF, estabelece que 40% das áreas de habitação de interesse social sejam destinadas para as associações e cooperativas, os dirigentes do movimento manifestaram interesse em participar dos empreendimentos do programa habitacional do GDF.
De acordo com o documento que será entregue ao governador Ibaneis, ao secretário de Desenvolvimento Urbano do DF, Marcelo Vaz, ao secretário de Governo do DF, José Humberto Pires, e ao presidente da Codhab, Marcelo Fagundes, as entidades habitacionais, todas elas credenciadas junto à Codhab, reivindicam a liberação de novas áreas para atender a demanda de associados.
Durante a reunião, presidentes de associações e cooperativas também ressaltaram ao diretor imobiliário da Codhab, Luciano Marinho, a necessidade da implementação do programa cheque-moradia, criado pelo GDF e vai conceder subsídio para a construção, reforma ou ampliação de unidades habitacionais unifamiliares caracterizadas como habitação de interesse social.
“O cheque-moradia vai possibilitar que muitas famílias possam conquistar a sua moradia, pois esse subsídio poderá ser utilizado na entrada do financiamento do imóvel. Temos que parabenizar o governador Ibaneis por ter criado esse programa”, destacou Francisco Dorion, um dos organizadores do evento.
Outro ponto debatido com o representante da Codhab foi a questão dos critérios existentes para atender às entidades habitacionais. O mais controverso de todos é quanto ao pagamento do lote por parte das associações e cooperativas. O valor do terreno é muito alto, o que acaba encarecendo o custo dos empreendimentos.
Posição da Codhab
Antes de começar a responder aos questionamentos dos líderes do movimento habitacional, o diretor imobiliário da Codhab lembrou que seus pais quando chegaram no DF foram contemplados com um imóvel em Ceilândia por meio da Companhia em que ele trabalha hoje.
“A gente nunca imaginava no horizonte que eu retornaria à Codhab para ocupar esse cargo e ao mesmo tempo estaria lutando e ombreando com pessoas que são corajosas como vocês para fazer esse trabalho de ajudar as pessoas a terem suas casas”, apontou Marinho.
Sobre os compromissos assumidos pelo GDF com o movimento habitacional, Luciano Marinho fez questão de frisar que todos eles estão mantidos. “Nós vamos atender vocês. Tudo vai ser executado com transparência e legalidade”, garantiu o representante da Codhab.
Quanto ao programa cheque-moradia, Marinho explicou que a Codhab e o GDF estão trabalhando para que ele seja implementado ainda no 1º semestre deste ano. “É um grande avanço. Esse programa vai ajudar a tirar do papel vários empreendimentos aqui do DF”, afirmou.
Já em relação à concessão de novas áreas para o movimento poder atender às famílias associadas, Luciano Marinho salientou que “a política habitacional estabelece que esse é um direito de vocês. Esse não é só um direito de vocês, mas também é uma obrigação do Estado”.
Questionado pelo Expressão Brasiliense sobre a importância do trabalho realizado pelas entidades habitacionais, Luciano Marinho elogiou a atuação e o comprometimento do segmento com seus filiados. “Essas entidades (associações e cooperativas habitacionais) ajudam o governo a fazer a política habitacional. A pauta de hoje é bastante produtiva. Nós ouvimos e vamos, com certeza, atender o que eles decidirem aqui. O governador Ibaneis e a Codhab não vão medir esforços para atender o movimento”, assegurou o diretor imobiliário da Codhab.
Apoios importantes
Quem também esteve no local para declarar apoio à luta do movimento foi o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, e o administrador regional do Recanto das Emas, Carlos Dalvan.
Rôney comentou que sabe as dificuldades que os dirigentes passam para poder conseguir viabilizar projetos habitacionais para seus associados. “Eu fui liderança por muito tempo antes de entrar para a política e sei como é difícil essa luta de vocês”, enfatizou o ex-deputado federal.
Já o administrador do Recanto das Emas disse que os empreendimentos habitacionais que serão erguidos na região vão “contribuir para o desenvolvimento urbano da nossa cidade”.
Os líderes do movimento habitacional fizeram questão de mencionar o apoio que o segmento tem recebido do presidente da CLDF, o distrital Wellington Luiz, que foi presidente da Codhab, e do deputado federal Rafael Prudente. Outro grande parceiro citado pelos presidentes de associações e cooperativas habitacionais foi o secretário José Humberto Pires, o Pezão.
Conferência Nacional das Cidades
Ainda na reunião desta quarta, os dirigentes das entidades habitacionais informaram que o movimento já está se preparando para a etapa distrital da 6ª Conferência Distrital das Cidades, que deve ser organizada pela Seduh/DF. O evento deve ocorrer entre julho e setembro.
Novas áreas
No decorrer da reunião, os presidentes de associações e cooperativas manifestaram quais seriam as áreas que eles querem para atender as famílias inscritas no programa do GDF por meio das entidades. Confira abaixo:
Recanto das Emas
- Quadras 900
- Quadras 117 e 118
- Residencial Tamanduá
Riacho Fundo II
- Centro Urbano
- Terceira Etapa
- QS 01, 02 , 03, 24, 25, 27, 29 e 31
- Quadras 18, 20 e 22
Riacho Fundo I
- Quadras 09, 11, 13 e 15
Brazlândia
- Quinhão 14
Projeções da Codhab
- Guará
- Planaltina
- Taguatinga
- Santa Maria
- Gama
- Bairro Telebrasília
- Sobradinho
- Samambaia
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