O Governo do Distrito Federal trabalha para construir mais três mil unidades habitacionais no Riacho Fundo II, na terceira etapa do empreendimento. Antes disso, porém, a região precisa receber obras de infraestrutura e urbanização. Um convênio entre Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) e Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) vai viabilizar drenagem, pavimentação, água, esgoto e iluminação.
A ordem de serviço autoriza a execução da obra de implantação do sistema de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário nas áreas das QS 01 até QS 31 do Riacho Fundo II – 3ª Etapa e foi assinada na tarde de quinta-feira (30). Com investimento de mais de R$ 9,5 milhões (exatos R$ 9.525.502,56), um consórcio vai tocar os trabalhos a partir do próximo mês. A obra já havia sido licitada, com resultado publicado em agosto de 2019.
Presidente da Codhab-DF, Wellington Luiz explica que essa estrutura é essencial para dar início às obras de mais de três mil unidades habitacionais multifamiliares e unifamiliares, além de 28 lotes institucionais e 16 equipamentos públicos. “Há muito tempo aguardamos esses recursos que agora chegam pela Terracap, que terá imóveis da nossa carta para investimento como contrapartida”, diz.
À frente da Terracap, Izídio Santos esclarece que, como diz o nome da companhia, a ideia é assumir o papel de agência de desenvolvimento econômico e social de interesse do DF. Nesse caso, com investimento em infraestrutura para receber os imóveis que serão distribuídos a moradores de baixa renda. De acordo com ele, é preciso complementação das redes e equipamentos urbanos de infraestrutura para que as unidades tenham serviços mínimos para habitação.
Sonho
Atualmente, existe infraestrutura parcial até a QS 18, sendo inexistente no resto da região. A previsão é que as intervenções comecem nos locais onde já há moradores. Os demais imóveis serão erguidos apenas após conclusão da infraestrutura e urbanização. São previstas 3.033 unidades habitacionais que atenderão famílias das faixas de renda 1,5 (de R$ 1.800,01 a R$ 2.600,00) e 2 (de R$ 2.600,01 a R$ 4.000,00), conforme determina a Lei Distrital 3.877/06.
Administradora do Riacho Fundo II, Ana Maria garante que a medida é de grande relevância para a cidade. “O investimento irá beneficiar as famílias que sofrem com a falta de Infraestrutura. É mais uma conquista importante, que chega para beneficiar quem realmente precisa.”
“Estou muito feliz, porque hoje é o início da realização de um sonho. Não só para mim, mas para diversas pessoas. Para que possamos finalmente nos mudar e construir nossas casas com toda a infraestrutura necessária”, declarou Vilma Mesquita, representante da Associação Amigos Solidários (ASHAS), e que foram contemplados na área da QS 13 a 19.
A terceira etapa do Riacho Fundo II está prevista no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) há 11 anos como integrante da estratégia de oferta de áreas habitacionais com objetivo de atender à demanda habitacional a partir de projetos e programas de iniciativa pública voltados a diferentes faixas de renda. Conforme o texto, isso deve ser promovido mediante urbanização de novos núcleos ou otimização de locais com infraestrutura subutilizada.
Em 2011, 2013 e 2017, a Codhab lançou editais para construção de habitação de interesse social no local, com 2.733 unidades coletivas e 300 unidades unifamiliares. São previstas 3.033 unidades habitacionais, com previsão populacional de dez mil moradores na área de 148,34 hectares. Também foram realizadas duas licitações para água e esgoto, drenagem e pavimentação. No entanto, os contratos não puderam ser assinados por falta de dotação financeira.
(Agência Brasília)