No coração do centro histórico de Planaltina, os detalhes em branco e azul da fachada já chamam a atenção de quem passa por ali. Agora, além da beleza externa, a riqueza interna da casa também volta ao centro das atenções: o Museu Histórico e Artístico reabriu as portas ao público com o acervo restaurado e uma exposição de estandartes do Divino, uma das festas mais tradicionais da região.
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Inaugurado em abril de 1974, o primeiro museu do DF fica em uma casa construída entre os séculos 19 e 20 e expõe objetos da época, fotografias, máquinas e peças. O acervo proporciona ao público a oportunidade de experimentar a sensação de viver ali nos tempos em que a capital goiana era a cidade de Goiás e Brasília não passava de um sonho.
O espaço estava fechado à visitação há mais de seis meses, em função da pandemia de Covid-19. Durante esse tempo, as instalações receberam serviços de descupinização e desratização. Diversas peças do acervo permanente que passavam por restauração no Campus Samambaia do Instituto Federal de Brasília (IFB) foram devolvidas ao local, e as que ficaram também foram recuperadas e higienizadas.
Segundo a Administração Regional de Planaltina, são mais de 150 itens de época expostos, como cristaleiras, mesas, cadeiras, chapeleiras, máquina de costura e um piano. “Para quem conhece a cidade, ter um museu tão singelo e simbólico para a história de Planaltina para nós é muito gratificante”, comemora o administrador regional, Célio Rodrigues.
A retomada de funcionamento do Museu de Planaltina segue os protocolos de segurança sanitária para evitar a disseminação do coronavírus, conforme orientação do decreto de reabertura dos museus publicado em 18 de junho. “Ganhamos um totem de álcool gel de uma servidora da Administração, aferimos a temperatura de todos os visitantes e a ocupação máxima no interior do museu é de dez pessoas por vez”, orienta o responsável pelo local, Lúcio Cardia.
Colorido histórico
A reabertura do Museu de Planaltina é marcada tanto pelo retorno do acervo principal restaurado e higienizado quanto pela exposição com bandeiras e estandartes da Festa do Divino, uma das principais celebrações religiosas locais. A festividade ocorre sempre sete semanas após o Domingo de Páscoa e é considerada patrimônio cultural imaterial do DF.
Moradora de Planaltina há quatro décadas, a artesã Rozeli Costa, 56 anos, confecciona bandeiras e estandartes para a Festa do Divino desde 2006 e foi honrada com a primeira exposição de suas peças no museu, ressaltando o caráter simbólico de suas obras com o contexto cultural do local.
“Quando o administrador propôs reabrirmos o museu nesse momento de queda dos números de infectados pelo novo coronavírus, quisemos trazer um ambiente acolhedor para quem vem visitar”, conta a artista. “Junto às peças antigas, os estandartes combinam com o caráter histórico da cidade, fazem parte do cenário das festas religiosas”. Essas peças alusivas à Festa do Divino ficarão no Museu de Planaltina até dezembro.
Museu Histórico e Artístico de Planaltina
- Localização: Setor Tradicional, Quadra 57, Planaltina.
- Horário de funcionamento: de quarta-feira domingo, das 9h às 12h e das 13h às 18h. Entrada franca.
(Agência Brasília)